Em algum lugar, no subsolo do castelo do castelo do Conde Drácula...
O corpo ensanguentado de uma pequena fada com praticamente o tamanho de uma criança humana é cirurgicamente cortado da região do abdôme até a caixa toráxica.
Os braços, pernas, cintura e pescoçoda da pequena criatura estão presos por enormes trancas metálicas, enquanto seu corpo se debate, e seu sangue azulado e levemente brilhante, esguicha num avental preto e ensanguentado que o Dr. Frankenstein veste, enquanto extrai diversos órgãos, como pulmões e vísceras, usando um par de luvas de borracha enormes e cheias de sangue.
Os gritos de agonia daquela vítima, porém, sequer incomodam o cientista louco, assim como suas milhares de aranhas de todos os tamanhos e formas, que o auxiliam prendendo fadas, e outras criaturas como elfos, faunos, duendes, pequenos tróus, numa espécie de máquina enorme e estranha, repleta de agulhas e canos que sugam o sangue das pobres criaturas até a última gota!
Deixando aquela pobre vítima agonizar ainda amarrada e espirrando sangue sobre a mesa de mármore, o doutor então caminha até outra, no canto da sala, onde um corpo humanóide e com o rosto coberto está com a caixa toráxica aberta e algumas costelas expostas.Manuseando com cuidado, o doutor já retira um coração azulado e brilhante que ainda pulsa, do peito daquele ser desconhecido, quando o Conde Drácula irrompe através das portas de seu imenso laboratório sombrio e agitado.
- Excelente ainda é um termo que não está à altura para definir este acordo que fizemos, milorde. - O cientista diz virando-se para trás, enquanto vários tubos de ensaio e vasilhas de vidro brilham com diversos órgãos daquela criatura armazenados ao redor da maca, também banhada com sangue azulado e brilhante.
- É o que estou pensando? - Drácula diz sorrindo enquanto a luz daquele coração que ainda pulsa, ilumina seu rosto pálido e faminto.
- Sim, meu senhor. - Victor diz mostrando-lhe o órgão luminescente. - Um coração de elfo, do Reino dos Moors. Contém energia mágica superior à essência vital de mil lobisomens. Apenas com este coração e o sangue desta criatura já não precisaremos eletrocutar licantropos, ou reaver o Monstro que criei para obtermos energia, no aprimoramento das novas proles.
- Apenas, lembre-se de que não são tão simples os termos, caro Victor! - Drácula adverte, quando o cientista prossegue:
- Nada tema, milorde. - o Dr. Frankenstein diz sorrindo enquanto entrega o coração à uma aranha avermelhada que o segura com cuidado pelos pedipalmos e o coloca num ponte de vidro que já contém sangue azulado e brilhante.
- Certamente cumpriremos nossa parte. - Ele diz, agora lavando as mãos num pequeno lavatório, onde algumas aranhas jogam àgua para que ele limpe as mãos ensaguentadas e brilhantes. - A Colônia e eu cuidaremos de tudo. Não deveis vos preocupar. Os termos são simples, na verdade.
Ela nos fornecerá seres mágicos para os aperfeiçoamentos de vossas novas proles, e nós daremos uma e pequena pocentagem de placentas com natimortos, ou indivíduos mais fracos em troca. Bastará enviarmos... Nossas partes do acordo através daquele...
- Espelho! - O conde interrompe, e o doutor indaga:
- Já que o mencionastes, caro amigo. - Victor diz intrigado e curioso. - Onde o pusestes?
- Nas mais profundas cavernas abaixo deste castelo, lacrado numa câmara onde ninguém, além da Colônia e eu mesmo poderá entrar.
- Esplêndido, milorde. - Dr. Frankenstein diz sorrindo. - Garantirei que as aranhas multipliquem-se para termos mais olhos e "Mãos à obra", se é que me entendes...
- Qualquer um que se aproxime daquela câmara sem que eu tome conhecimento, - Drácula interrompe, rispidamente. - Deve ser aniquilado. Outrossim, Renfield, o canibal está enclausurado lá dentro e jamais deve sair. Entendido?
- Perfeitamente, meu senhor. - O cientista louco assente num tom mais sério e ponderado, quando uma terceira voz, ecoa naquele ambiente:
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[ UDG ] Sr. CONDE
FantasyAbraçe a Escuridão, para Chegar à Luz. " Uma temida e sombria criatura lendária; tenta lidar com os demônios do próprio passado obscuro, enquanto encara um terrível futuro iminente. Verdades serão reveladas, e até arqui-inimigos se unirão como irmão...