XLVII - ONDE TUDO MUDA

15 1 0
                                    

Enquanto as milhões de aranhas da Colônia cercam os monstros que estão reunidos ao redor de Victor Frankenstein, para escutá-lo...
A voz do cientista brilhante e insano agora ecoa enquanto um plano ousado é posto em prática:

Reutilizando-se do feitiço feito no caldeirão deixado pela rainha e feiticeira Ravenna, horas atrás, Maria, João, Adam e Ormanna, mergulham ainda mais lâminas de espadas, adagas e machados que usarão, nas águas encantadas e borbulhantes do caldeirão com fluídos do corpo do anjo renegado que ainda jaz, numa enorme mesa de mármore ali perto.

- A feiticeira nos disse que bastava banharmos quaisquer armas que desejássemos utilizar, nestas águas encantadas, a fim de que suas lâminas se tornassem poderosas o bastante para ferirmos, aos demais seres como aquele que ela matou.

Eu mesmo provei apenas uma gota daquela poção, - Victor diz enquanto todos que outrora estavam em seu laboratório enfeitiçando as armas, já se reúnem aos vampiros, Drácula, Sombra da Morte, Ceddrik e Victoria, no saguão onde também estão Anul a nefilin e Adam, o monstro criado por ele - deixando-a cair sobre a pele de minhas mãos. O poder que senti inebriar todo meu corpo foi inexplicável.

- Por isso conseguiste lutar contra todos aqueles homens, e sozinho? - Helsing indaga e é respondido:

- Certamente, caro amigo! - Victor prossegue ainda carregando e armazenando alguns frascos com o líquido mágico do caldeirão num alforge, enquanto Drácula ainda observa Bella Valerius, envolta pelo casulo de teia e tentando se libertar com uma força descomunal.

- Milordes... - O cientista diz enquanto todos ainda arrumam sua armas ou afiam suas garras enormes, como Ceddrik por exemplo.
- Não deveis separar-vos ou certamente caireis.
Tendes um inimigo em comum, muito mais poderoso que os meros mortais que os lobisomens, agora nossos aliados mantém aprisionados nos limites da cidade, para a própria segurança deles.

- Vimos contra o que estamos lutando, Victor - Anul diz embainhando sua enorme espada enquanto Adam gira seu enorme machado.

- Certamente que viram, mas todo mal, sempre tem quem o máquina, não é mesmo?

- Victor tem razão! - Drácula toma a palavra enquanto contempla a vista do alto duma torre ali perto. - Há algo maior na cidade, algo pior.

- Está na catedral! - Maria e João dizem quase que juntos e Ormanna continua:

- É uma abominação, meu pai.

- O nome dele é... - Victoria Satannis finalmente quebra o silêncio que fazia até então e todos ali, se voltam para ela enquanto prossegue:

- Valak. Um demônio, que teria feito algum acordo com um anjo renegado de nome Ardeleel, anjo este, que manchou a propria natureza ao coabitar com uma freira, no Monastério de Carta, ao invés de apenas vir combater Valak, que fora liberto com uma hoste infernal inteira, graças a uma noviça rebelde que o invocou por curiosidade, ao obter acesso a um livro ligado ao ocultismo.

 Um demônio, que teria feito algum acordo com um anjo renegado de nome Ardeleel, anjo este, que manchou a propria natureza ao coabitar com uma freira, no Monastério de Carta, ao invés de apenas vir combater Valak, que fora liberto com uma hoste in...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
[ UDG ] Sr. CONDEOnde histórias criam vida. Descubra agora