XXXVII - VICTORIA SATANNIS: ASTÚCIA NO CAOS

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Saindo dum grande saco amniótico expelido pela vagina de Aleera, a terceira monstruosa esposa de Drácula, nasceu uma bebezinha de cabelos negros e esvoaçantes que se moviam lentamente como se ela estivesse sob a água.

A aparência daquela pequena criatura até seria a de um bebê, se seu corpo não fosse protegido por algum tipo de exoesqueleto branco e acinzentado que cobria seus pequenos ombros, braços, pernas, suas barriguinha, nádegas e seu rosto, como uma verdadeira armadura óssea.
- São as coisa mais estranhas que eu já vi em toda minha vida! - Aleera murmurou aterrorizada enquanto assumia uma forma corpórea mais humana, e Victor Frankenstein, sempre habilidoso com as palavras disse se aproximando dos bebês.

- Estranhas não, milady! Eles são o próximo passo na evolução mágica de sua espécie.
Venham cá, meus santos diabinhos! - Ele declarou abraçando dois deles e levando até os braços da mãe.
Já a criança estranha, pareceu ficar um pouco triste por não ter sido abraçada, e querendo atenção engatinhou até a mãe, porém, quando suas mãozinhas tocaram na coxa dela, algo terrível aconteceu:

Aleera gritou de dor, quando um terrível frio congelante começou a queimar onde as mãos da pequena criança estranha a tocaram.
A vampira desmaiou na hora, deixando um casal de bebês que tinham nascido de seu ventre caírem de seus braços inertes.
Porém antes que caísse, um deles, o menino simplesmente se transformou numa estátua de pedra que quebrou-se ao bater no chão, porém cujos pedaços logo rolaram pelo piso de pedra, voltando à forma da criança que andava sorrindo e cambaleando ao longe.
A menina ruiva por sua vez; parou no ar flutuando e gargalhando. Por um instante ela inexplicavelmente se desmaterializou feito uma névoa preta, porém reapareceu logo em seguida sobre a mesa ao lado da mãe, ainda inconsciente.

- Peguem eles! - Victor ordenou às aranhas da Colônia que rapidamente detiveram as duas crianças enrolando-as com casulos de seda, sobre uma grande teia que terminou por servir como uma grande e confortável rede à dois dos trigêmeos

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- Peguem eles! - Victor ordenou às aranhas da Colônia que rapidamente detiveram as duas crianças enrolando-as com casulos de seda, sobre uma grande teia que terminou por servir como uma grande e confortável rede à dois dos trigêmeos.
Cansados, porém aquecidos, os dois bebês acabaram adormecendo, enquanto a outra criança era tirada de cima da mãe por duas luvas grossas que o Dr. Frankenstein preventivamente havia colocado.
Sem entender o que acontece, a criança não faz ideia do porquê o corpo de sua mãe se agitava e se desfazia em ossos e cinzas.
- Trágico! - Victor exclamou abraçando a criança que chorara, deitando a cabeça coberta por ossos em seu peito. - Trágico!

E assim nasceu a pequena e estranhíssima, Victoria Satannis. Cujos poderes seriam os mais sombrios dentre todas as linhagens de vampiros.

Ela ganhou seu nome do próprio Doutor Frankenstein, que satisfeito com o sucesso nos experimentos feitos com alquimia e fluídos de inúmeros seres míticos, tanto em Drácula, quanto em suas esposas e proles antes mesmo de nascerem deram absolutamente certo.

- Mas e quanto a esta, - perguntou Arannus, uma viúva-negra e gigante revestida por uma grande armadura de metal.

- Fale mais baixo! - Victor repreendeu a aranha. - Não queremos acordá-los, Arannus.
- Está bem. - Arannus sussurrou, quando Victor Frankenstein disse sorrindo:
- Mas você tem razão! Esta aqui tem um poder sombrio, muito diferente de todos os outros até agora.
- Me parece que o simples toque da criança - Arannus exclamou caminhando ao redor dos restos mortais de Aleera. - sugou toda energia vital da mãe.
- Victoria! - Victor disse levando a criança estranha de volta à rede feita de teias, quando as aranhas que ali estava, envolveram a criança num casulo, colocando-a ao lado dos outros gêmeos.
- Mas, esta é uma alusão... - A aranha gigante disse caminhando atrás dele, quando foi interrompida:
- Ao meu próprio nome? É claro! - Victor discursou parando ao lado da mesa de mármore negro onde agora jazia a ossada de Aleera Vladislaus. - Sou o responsável por este maravilhoso feito da magia e da ciência.

[ UDG ] Sr. CONDEOnde histórias criam vida. Descubra agora