IV - P R E S S Á G I O

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Cerca de um ano antes...

Debruçado sobre o batente da janela da torre mais alta de seu castelo, semanas após àquela batalha na qual, Van Helsing se tornou um lobisomem e por pouco não matou sua própria esposa Anna Valerius se não fosse o Monstro de Frankenstein tê-la salvo de sua insanidade, e também de sua decisão surpreendente de libertar Anna para que fugisse pela porta da frente...

- Victor! - Diz um homem com um rosto de traços finos e boa aparência, porém com uma pele incrivelmente branca e olhos com íris avermelhadas, que não veste qualquer peça de roupa, diante do sol que já nasce ao longe, por trás das montanhas.

- Meu amigo! - Um homem caucasiano de estatura mediana; com uma barba rala e mal feita, entra no quarto mexendo num bigode grande e desgrenhado.

- Que modos são esses? - O sujeito que traja uma blusa branca e encardida, com uma calça erguida por suspensórios e que carrega à mão esquerda um jaleco braço e surrado, esbraveja virando o rosto, quando seu interlocutor ironiza:

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- Que modos são esses? - O sujeito que traja uma blusa branca e encardida, com uma calça erguida por suspensórios e que carrega à mão esquerda um jaleco braço e surrado, esbraveja virando o rosto, quando seu interlocutor ironiza:

- Pare com estas formalidades, Victor. - O mais conhecido dos vampiros diz estendendo seus braços com musculatura formidável, na direção de um guarda roupa imenso.

- Com exceção de nossas idades e naturezas, caro amigo... - O Conde Drácula em pessoa ainda fala quando as portas do móvel antiquíssimo e empoeirado se abrem e uma grande capa negra flutua velozmente até as mãos dele.

- Não há nada em mim, que não tenhas visto em ti mesmo, nalguma lâmina de espada, espelho, ou leito de um rio.

- Está bem, meu amigo, mas... Embora saibas bem que aprecio semelhante visão tão viril e agradável, ainda devo-lhe total respeito. Todavia, milorde... - Victor diz ruborizado e friccionando levemente a mão esquerda em sua nuca com gestos repetitivos, enquanto não consegue desviar seu olhar do corpo pálido, porém torneado do conde.
- Antes que eu fique embasbacado o bastante para não conseguir falar-lhe sem olhar para certos... Atributos... Porque me chamaste? - Indaga o cientista, quando as portas do grande guarda-roupa de Vlad se abrem, e uma revoada de morcegos sai deste, unindo-se como se fossem colados um ao outro, e formando um único tecido de uma capa imponente preta por fora, e carmesim por dentro com um grande capuz.

Já vestido e de costas para o sol que nasce, Drácula faz com que todas as cortinas e janelas do castelo se fechem com um simples erguer de braços e cerrar de seus punhos.
Velas já se acendem por toda casa, quando O Conde das Trevas diz caminhando por aquele quarto enorme, como quem está muito ansioso:

- Victor, estou deveras incomodado com algo que me assombra há semanas.

- Do que está falando, Sr. Vladislaus? - Victor questiona, ao ver que seu mestre parece aflito:

- Acredito que tive algum tipo de... Presságio.

- Presságio, - Victor diz assustado. - Mas quando isso ocorreu?

[ UDG ] Sr. CONDEOnde histórias criam vida. Descubra agora