XLVI - SANGUE E FOGO NO BARCO DE TESEU

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- Maldição! - Maria e João gritam enquanto correm juntamente com a vampira Ormanna até o topo da torre onde o gigante Ceddrik ainda empalado, grita por socorro ao acordar.
- Se acalme, irmão! - Ormanna grita preocupada ao ver que o peso dele faz a estaca que o transpassa, perfura-lhe o peito ainda mais. - Vamos tirar você daí...
- Eu não... Não consigo, Ormanna! - O vampiro ensanguentado grita chorando - Eu...

De repente um par de asas sujas e emplumadas se aproxima ruflando acima de Ormanna, João, Maria e Ceddrik. É Anul que mergulha e pousa atrás deles, dizendo:
- Vamos tirar ele daí logo. Já está amanhecendo e imagino que ele não sobreviverá à luz do sol.
- Você está certa! - Ormanna suplica - Ajude-nos, por favor!

Sem mais demoras; Ormanna exerce uma força descomunal e arrebenta a base da torre com um chute. Ruflando as asas, ela salta até acima da estaca e segurando-a firme, consegue arrancá-la de onde está com dois ou três puxões. Ceddrik então cai, ainda com a estaca fincada em suas costas, porém ele já está quase sem forças.
- Me ajudem a tirar isto dele! - Ormanna pede ajuda aos caçadores de monstos que prontamente empurram Ceddrik junto com ela, enquanto a nefilin desce, para puxar rapidamente o que ainda resta da estaca nas costas dele.
Ao se ver livre do objeto que quase dei-lhe cabo à vida, Ceddrik ainda se regenera de seus ferimentos, enquanto não consegue conter suas emoções e dá um abraço espontâneo em Ormanna, Maria e João.
Acenando para Anul ele também a agradece por ter salvo sua vida.
- Agora vejo que o destino nos pregou uma peça. - Maria reflete enquanto, juntamente com João, e a vampira Ormanna ajuda o vampiro gigante a caminhar por um tempo para dentro do castelo. - Arqui-inimigos unidos como irmãos.
- De fato! - Ormanna concorda e acrescenta - Ainda mais que temos um inimigo em comum, muito mais forte do que imaginávamos!

- Aliás... Sabem da humana? - Ceddrik surpreende ao perguntar por Bella Valerius - A filha do Lobisomem. Como ela está?
- Bem lembrado, Ceddrik! - Anul exclama e avisa - Precisamos ir até o de ela está. Vossos pai e... Novo irmão a levaram para as profundezas do castelo. Parece ainda haver alguma esperança para ela nas masmorras.
- Então, vamos logo atrás deles! - Ceddrik diz, já recuperado de seus ferimentos e concluí abrindo suas asas enormes - Ormanna... Quando estiver pronta!
- Está bem. - a vampira responde enquanto seus olhos brilham - Agora dêem as mãos uns aos outros!

Enquanto os quatro desaparecem numa névoa preta e esfumaçada, pouco acima de um pedaço dum grande banco de madeira em chamas, a pata peluda, avermelhada e com grandes garra de um ser abominável caminha pelo chão de uma grande catedral quase destruída, enquanto, ao longe e ao fundo, um ser, de aspecto humanóide e andrógeno se arrasta, tentando subir os degraus do altar.

- Tu não... - O ser com grandes asas emplumadas e sujas de terra, sangue e carvão é ninguém menos que o anjo Ardeleel, agora separado do corpo de Valak e livre de sua possessão. - Não podes estar aqui! Esta é...

- A Casa de Deus? - O demônio de voz assustadoramente grave e ruidosa, agora revelado numa forma humanóide, com pêlos avermelhados que cobrem-lhe o corpo musculoso e nu, diz carregando o corpo decapitado de um soldado enquanto o corpo do mesmo fica nu e uma cópia exata da armadura dele surge em seu corpo, porém como que placas ósseas brotando de sua pele e com uma grande gola com espinhos curvos.

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[ UDG ] Sr. CONDEOnde histórias criam vida. Descubra agora