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Taehyung

Yeosu, Maio de 1689

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Yeosu, Maio de 1689

Passou um ano após assumir o marquesado e três anos do meu casamento com Janet. As coisas estavam indo de forma agradável e nossa relação criou mais força depois que aprendemos a lidar com o coração um do outro. Ou achamos ter aprendido.

Depois de muitas promessas não cumpridas ao longo dos meses, receberia a visita de meus pais e Janet estava ansiosa com os arranjos para recebê-los da melhor forma. Sua correria e estresse também me afetaram.

─ Pode mandar o arranjista vir em casa hoje? Preciso de flores novas para a sala. 

Kim entrou no quarto acompanhada de sua donzela enquanto vestia meu casaco. A casa estava repleta de mato e ela ainda queria mais.

─ E o jardineiro? 

Olhou uma última vez pedindo para Dália se retirar e voltou sua atenção a mim ao se aproximar.

─ Ele só tem tempo para o jardim, acho que meu senhor esqueceu do tamanho dele. Pode fazer isso por mim? 

Me ajudou com as abotoaduras.

─ Pedirei que meu assistente vá resolver isso. Melhorou dos enjoos? 

Há dias, Janet não se alimentava direito em decorrência de enjoos contínuos e fortes. Chegamos a pensar em uma possível gravidez, mas não foi isso que o médico diagnosticou após muitas visitas. Ela obteve melhora na última semana, mas ainda sentia incômodos que a deixavam com leves tonturas.

─ Sim, o doutor Shu me receitou alguns medicamentos novos e estou bem melhor. Faz parte das crises.

Suspirou sem nenhum contentamento no rosto. Ergui a mão e toquei no rosto com feições esmorecidas, mas ela recolheu-se da aproximação.

─ Então por quê continua triste? 

Virou de costas para fugir do meu alcance. Isto era constante.

─ Pensei que fosse agora…

Murmurou baixo e sentou na borda da cama ao encarar as próprias mãos.

─ Sabe que não precisa se preocupar com isso. 

Insisti mais uma vez e cheguei perto. Ela chorou por vezes às escondidas e tive de fingir não perceber para continuar próximo de onde conseguia ver. Ela me afastaria caso tentasse intervir.

─ Sei que o parlamento está o pressionando. A culpa é minha. 

Ainda não descobrira como ela ficou sabendo, mas odiei com todas as forças quem a contou sobre problemas do parlamento sem minha autorização. 

─ Mas nós estamos tentando. 

Tentei abraçá-la, mas fui expelido com uma praga. 

─ Mas não o suficiente. 

MARQUESA • kthOnde histórias criam vida. Descubra agora