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Taehyung

Yeosu fora a viagem mais torturante que pude fazer.

O caminho parecia se estender e encurtar ao mesmo tempo, era tudo confuso. Meus olhos percorriam osmatos verdes através da janela da carruagem enquanto ouvia a voz incessante de minha mãe falando sobre o quanto eu deveria agir ou me comportar. Como se eu não soubesse tratar uma maldita mulher.

Não seria tão amável como ela mergulhava em seus muitos pensamentos, apenas o máximo educado que conseguisse. Afinal, era tudo interesse. Não passava de segundas intenções e não havia sentimento algum.

Jimin ainda teimara em tentar convencer-me do melhor. Usou até mesmo Susan, sua esposa, para ludibriar-me, ao descobrir eu ter um apreço especial pela sua mulher. Todos insistiram em persuadir-me dos benefícios, mas eu não queria isso. Não queria coagir-me a pensar isso. Sentia que, apenas estando amargurado, conseguiria ser racional.

Quando entramos pela cidade, observei o movimento de pessoas pelas ruas e, ao fundo, o porto de Yeosu cheio de trabalhadores, embarcações e mercadorias, que rodopiavam de um canto ao outro. Era uma civilização simples, mas cheia de energia e afazeres, algo longe do luxo e conformidade de Busan. Com gestos bruscos e abruptos, eles se distanciavam de uma sociedade refinada.

Atravessamos a cidade até chegar a propriedade rodeada por árvores e plantações. Uma grande fazenda. O caminho coberto de pedras nos guiou até a entrada da casa grande. As longas escadarias eram um destaque e chamavam mais atenção ainda pelos vasos que seguiam cada degrau em suas laterais cobertas de arbustos de flores.

Quando meu pai conversava com o homem que vinha em sua direção, minha mãe direcionou-me um último olhar de aviso até ouvir seu nome ser chamado. Quando a segui, pude observar os rostos dos dois que nos aguardavam. Meus olhos nem sequer repararam no homem de meia-idade ali, quando uma moça se esgueirou do seu lado. Seria ela a minha prometida.

A longa cascata de cabelos negros desciam em suas costas com partes da frente presas em algum enfeite qualquer. As maçãs do rosto eram proeminentes e os lábios grossos estavam pintados em um tom de vermelho delicado. Era uma imagem viciante, um ar obsessivamente atraente.

Não pude controlar o caminho que se seguiu descendo até o colo descoberto pelo decote, impedindo uma vista mais detalhada do que poderia ter além deles. Seu corpo tinha a medida certa para um homem como eu poder apreciar. Era tão linda quanto as flores que a rodeavam. O contato direto veio e seus olhos grandes e escuros passaram a me estudar curiosos.

Me repreendi por estar deixando se encantar por uma jovem como ela. Uma desequilibrada. Aquilo não saia da minha cabeça, e odiei mais ainda pelo fato de haver tanta beleza envolvida nisso. Meu corpo reagiu à vista e meu ego apreciou os dotes de minha futura esposa, mas ela ainda era inferior demais para mim.

Mal controlava meu próprio humor, como lidaria com ela?

O mais estranho era o incômodo que seus olhares causavam em mim.

O encontro no corredor deixou um rastro de dúvidas sobre suas atitudes. Pensei que não fosse ficar ali, parada, me observando tão atenta como uma criança desejando um doce, mas ela ficou. Se houvesse timidez na garota, fora engolida pela bisbilhotice

Os quadros não eram muito interessantes, mas preferia minha atenção neles em vez dela. Precisava de uma distância. Um ar tenso apareceu entre as palavras e só pensei em sair de perto. Ela era tentadora demais para arriscar uma proximidade indevida, mas não escutei meu próprio conselho.

Jung Janet.

Tê-la presa entre meu corpo e a cômoda queimou em minha pele. Meus dedos formigaram para dedilhar a pele luminosa da mulher e arquejei ao perceber estar sendo afetado demais por uma garota ignorante. Será que ela não percebia o perigo de se deixar em tanta proximidade num lugar solitário e com um homem ardendo em desejo proibido?

MARQUESA • kthOnde histórias criam vida. Descubra agora