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Janet

Yeosu, Dezembro de 1685

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Yeosu, Dezembro de 1685

Quando a carruagem partiu, não esperei para subir até meus aposentos. Ainda tentava lidar com as atitude daquele homem. Depois do passeio no jardim, não conseguia mais encará-lo de uma maneira educada.

Eu só havia pedido respeito e companhia, não outro sentimento, entendia a realidade do matrimônio eseria madura o suficiente para encará-lo como tal. Mas sua ignorância me mostrou um pouco quem realmente ele era.

Os lençóis macios e acolchoados soaram como um convite para meu corpo e, sem me importar com o resto, deitei entre as cobertas puxando para cima e cobrindo as pernas e o tronco. Minha cabeça estava repassando as imagens e atormentando minha tentativa de esquecer os momentos.

O segui durante nossa visita a mansão, e podia ver o incomodo dele ao ter-me nas proximidades. Não percebia que nossos pais desejavam ver aquilo? Kim perdia sua postura de filho obediente quando algo ia contra sua vontade, isso era óbvio, mas deveria ao menos pensar no marquês. Meu pai o analisava a cada passo, isso não era um motivo de preocupação para ele? Deveria fazer pouco caso do marquesado para agir imaturamente.

Taehyung demonstrou não ter interesse nem no marquesado, muito menos em minha pessoa. Então, por que aceitou se casar?

Machucou ouvir suas palavras proferidas de maneira tão fria e indiferente. Não entendia ainda onde ele quis chegar, mas não levou a lugar algum. Tentei segurar minha língua, controlar emoções tão ardentes e reprimidas, mas raiva não é um sentimento fácil de esconder. Chega a ser um misto de entre o certo e o justificado. Tinha razões suficientes para não querê-lo mais em minha frente, mas o certo me impediu de reportar tal ocasião ao marquês.

Quando meus olhos pararam naquela porta. Nas portas do quarto de marquesa, percebi onde estava me afundando. Seria no mínimo respeitada como filha de quem era? Sabia que uma esposa tinha de estar sujeita ao seu marido, mas um marido que a amasse e respeitasse seus sentimentos, não um tirano. Um maldito tirano que eu teria de obedecer.

─ Jan? Está tudo bem?

Dália entrou no quarto com o olhar preocupado e fechou a porta antes de se aproximar.

─ Não.

Minha voz soou abafada e baixa, mas o suficiente para fazê-la sentar-se ao meu lado e ter seus dedos acariciando os fios enquanto desmanchava o penteado do meu cabelo.

─ O que houve? Ele lhe fez algo? Por favor, não esconda.

Ela tentou ver meu rosto, mas virei de cara para a almofada a impedindo.

─ Nada de mais, apenas mostrou as caras.

─ Mas já? Santo Deus, mal esperou o casamento?

Agradeci por não ter esperado o casamento. Se diferisse, seria mais difícil lidar com desilusões. No fundo, o lado racional do meu coração apreciou como ele deixou claro o que realmente era toda aquela situação. Não deixando espaço para pensamentos imaturos. Só que eu não era de ferro.

MARQUESA • kthOnde histórias criam vida. Descubra agora