Capítulo 8

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- Melissa! - Grito desesperada à sua procura enquanto Miguel descreve ela para as pessoas que passam para ver se a virem.

Já faz mais de 2h que procuro Melissa com Miguel e não a encontramos. Não liguei para minha mãe porque eu não queria a preocupar.

- Nada... - Diz Miguel vindo até mim.

- A minha filha! - Choro dando soluços enquanto Miguel envolveu seus braços em mim.

- A gente vai encontrar ela. Eu prometo. - Abracei sua cintura enquanto ele passava sua mão em meus cabelos e deu um beijo na minha cabeça.

- Temos que ir na delegacia. - Disse me afastando.

- Ainda não passou 24h... Eles não vão fazer nada.

- Que ódio! - Dei um soco em seu peito. - Desculpa...

- Tudo bem. Você não tem culpa Isabella.

- Tem razão! A culpa é sua! - Apontei o dedo para ele que franziu a testa. - Se você não me enchesse o saco com esse papo de ser o pai, nada disso teria acontecido!

- Ei Ei! Calma! - Ele agarrou meu rosto. - Você só tá dizendo isso porque está nervosa!

- Tem razão... Me perdoa... - Deitei minha cabeça em seu peito.

- Vou levar você para casa. - Ele me abraçou de lado pelos meus ombros e eu abracei sua cintura metendo minha cabeça no seu ombro.

Quando chegamos na minha casa eu tive a explicar à minha mãe o que aconteceu, como esperado, ela ficou super nervosa. Como não sabíamos o que fazer décimos nos espalhar pela cidade.

Já era o dia seguinte e nenhum sinal se Melissa. Decidimos parar de a procurar e ligar à delegacia quando fizesse as 24h.

Eu e Miguel colocamos minha mãe a dormir para caso de segurança. Ela estava cansada e a ansiedade não a ajudava em nada.

Agora estou sentada no sofá encarando o chão enquanto Miguel faz o mesmo do meu lado.

- Patrícia não vai ficar chateada? Não me quero colocar no meio de vocês.

- Ela não tem razões para ficar. E também ela está no turno da noite.

- Humm... O que ela vai pensar quando chegar em casa e o seu querido namorado não estiver?

- Ela não tem que pensar nada. Se eu não ligo para o que ela pensa, porque você liga?

- Não sei. - Suspirei inclinando a cabeça para trás e fechando os olhos. - A única coisa que sei é que quero a minha filha. - Novamente as lágrimas começaram a fluir.

Miguel se aproximou e me abraçou fazendo eu colocar a cabeça no seu ombro.

- Vai ficar tudo bem nós vamos a encontrar. - Ele sussurrou fazendo me acalmar.

Levantei minha cabeça e ficamos nos encarando. Seus olhos desceram até aos meus lábios tal como os meus desceram para os seus. Nossos olhos passeavam pelos rostos um do outro como se tivéssemos a lembrar afim de 6 anos.

Miguel não resistiu e colou nossos lábios. Ele me deu um beijo calmo cheio de amor, correspondi ao seu beijo e ele me deitou no sofá ficando por cima de mim.

Sua língua explorou cada canto da minha boca como se tivesse saudades dela. Agarrei seu rosto e suas mãos passeavam pelas laterais do meu corpo.

Afastei nossos rostos, ofegante falei:

- Não podemos...

- Porque não?

-Isso foi um erro. - Empurro seu peito e me levanto do sofá.

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