Capítulo 22

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Com uma mão na boca e a outra segurando as flores, caminhei até ele que estava todo nervoso e sorridente. Fiquei de frente para ele e quebrei o silêncio:

- O que você tá fazendo? - Ele ignorou minha pergunta.

- Isabella, à pouco mais de sete anos que eu conheço você e que amo você. Eu não sei explicar ao certo o que sinto porque eu nunca fui bom com palavras e você sabe mais que ninguém, mas eu quero que saibas que o meu objetivo é te fazer feliz todos os dias, fazer Melissa feliz todos os dias. - Olhamos para ela e sorrimos. - Por isso, eu quero para sempre viver do vosso lado e ser um pai maravilhoso mas também um marido fantástico. Mas para isso você terá que aceitar. - Ele se ajeitou e limpou a garganta tirando uma caixinha preta do bolso. - Isabella Batista, você aceita casar comigo?

Meus olhos ficaram húmidos e não havia nada à minha volta para além do homem que amo ajoelhado na minha frente com aquela caixa aberta mostrando um lindo anel. Engoli seco e falei:

- Sim! Eu aceito! - Me atirei de joelhos para o chão e o beijei abraçando seu pescoço.

Todos bateram palmas e assobiaram enquanto nos beijavamos, paramos por falta de ar e Miguel colocou o anel com um diamante no meu dedo.

- É lindo! - Limpei minhas lágrimas e voltei a beijá-lo.

- Eu te amo muito Isabella, você nem imagina o quanto. - Sorri para ele.

- Também te amo. - Demos um selinho longo e nos colocamos de pé.

Todos correram até nós para nos dar os parabéns pelo noivado. Eu estava sentindo borboletas no estômago, aquilo só podia ser um sonho!

Por fim Henrique veio me dar os parabéns me dando um abraço e depois ele me olhou diretamente nos olhos.

- Eu espero que o meu irmão faça você feliz. - Ele sorriu.

- Eu também. - Sorri de volta.

Amber apareceu abraçando a sua cintura e ele beijou a bochecha dela. Levantei as sobrancelhas surpresa e Amber falou:

- Longa história, desculpa não ter falado nada.

- Ah não! De boas! - Sorri forçado e depois fui até Miguel que tinha Melissa no seu colo.

- Mamãe e papai vão casar! - Ela cantava repetidamente. - Agora vou ter um maninho? - Engasguei com minha própria saliva e Miguel riu.

- Veremos. - O mesmo falou sorrindo de lado e depois a colocando no chão.

- Quer ter mais filhos? - Perguntei séria e ele me olhou pensativo.

- O que eu quero agora é casar com você o mais rápido possível.

- Daqui a quanto tempo?

- 3 meses. - Arregalei meus olhos.

- Miguel isso é muito pouco tempo, tem gente que demora anos a realizar um casamento!

- Aí o problema deles é o dinheiro, coisa que eu não tenho problema. - Revirei os olhos.

- Miguel, não pode ser você a pagar tudo.

- Não tem problema, porque quando nos casarmos todas as coisas vai ser dos dois, por isso não faz diferença. - Ele deu de ombros e me abraçou a cintura. - Por favor, case comigo logo, eu não quero esperar mais tempo por você, não acha que esperei demais? - Ele me olhou triste como se lembrasse do tempo que ficamos separados.

- Tá bom. Mas temos que ir preparando já, e vou cancelar o voo de volta para Londres e pedir a meu pai pra trazer minhas coisa.

- Beleza, também vou pedir a Alex.

- Alex? Ainda fala com ele? - Levantei as sobrancelhas surpresa.

- Sim, ele morava comigo e Patrícia, agora ele vai ter a sorte de viver sozinho. - Eu ri.

- Vossa amizade é bem forte.

- É. - Ele sorriu e me beijou.

Suas mãos passeavam pelas minhas costas e as minhas se afundavam nos seus cabelos. Dei um grito de surpresa quando ele me colocou em cima do seu ombro.

- Miguel! O que você tá fazendo?

- Vamos tomar um banho! - Ele começou a andar e eu soquei suas costas.

- Me coloca no chão! - Gritei e ele ria de mim.

Ele finalmente me colocou no chão, melhor ou pior, na água. Quando voltei à superfície tossi e cuspi a água que me ficava agora pela cintura.

- Estúpido! - Comecei a fazer guerra de água com ele mas claro que ele me venceu.

Depois de muita batalha pulei nas suas costas e falei:

- Agora seu castigo é me levar! - Ele resmungou e eu ri dele. - Vai cavalinho! - Dei um tapa em sua bunda quando finalmente não estávamos na água.

Ele me colocou no chão e se deitou na areia cansado. Coloquei minhas pernas lado a lado no seu corpo ainda em pé e falei:

- Isso é pra você aprender. Agora vai se acostumando porque em breve estaremos casados! - Ele deu uma risada gostosa.

Fiquei com as mãos na cintura o olhando sem fôlego e ele começou a olhar minhas pernas e seu olhar subia. Sentei no seu colo e comecei a bater de leve nele.

- Tá a olhando para onde?

- A vista tava boa, porque se sentou em mim? Isso não é bom em público, principalmente com eles nos olhando. - Ele apontou para nossa família e assim ele aproveitou para me colocar por baixo dele. - Agora você vai ver. - Ele me fez cócegas e eu chorava de rir.

- Miguel para! - Eu me torcia toda.

Ele assim parou e eu estava sem fôlego vendo seu sorriso idiota. Antes de eu dizer alguma coisa, ele me beijou puxando meus cabelos. Assim ele se colocou de pé e me ajudou.

- Você me paga! - Comecei a correr atrás dele enquanto ele fugia de mim.

Nossa família nos olhavam e parecíamos dois adolescentes assim, pior, duas crianças. Ele parou de correr e quando o alcancei pulei nos seus braços me apoiando no seus ombros.

- Você é muito bobinho sabia?

- Um bobinho que você ama. - Revirei os olhos e beijei seus lábios molhados e salgados.

1 semana depois

Depois de ver tantas casa, finalmente encontramos uma. Apesar de não ficarmos nela por muito tempo, ainda assim seria nosso lar, nossa primeira casa.

Ela era pequena mas suficiente pra nós os três. Já estávamos assinando uns papéis para oficializar nossa casa e depois todos da nossa família bateram palmas nos dando os parabéns.

Champanhe e aperitivos foi nossa tarde. Estamos todos conversando entre si e nem posso acreditar que em tão pouco tempo já temos nosso próprio lar.

Nessa semana, meu pai veio para cá me dar os parabéns e ficar presente na inauguração da casa tal como Amber e Nico. Alex também veio e Miguel ficou super feliz pela sua visita. Susana estava muito melhor o que nos deixou muito felizes. Meus pais pareciam mais próximos e Henrique mais Amber se oficializaram.

Amber explicou que quando vim para cá eles voltaram a dar um concerto em Londres e Henrique foi me procurar mas deu de caras com Amber, o resto vocês já sabem neh? Pega aqui, pega ali e misturou sentimentos.

Estou aqui conversando com Amber e Henrique, ela está sentada no seu colo e Nicolas também está aqui.

Derrepente uma enorme vontade de vomitar vem e corro até ao banheiro sem nem avisar. Amber aparece na porta e pergunta:

- Você tá bem?

- Tou acho que foi o champanhe. - Digo limpando alô canto da boca enquanto ela me olha pensativa na porta. - O que foi?

- Sua menstruação tá atrasada? - Ai merda!

Entre Dois Irmãos 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora