Entre Dois Irmãos 2

Capítulo 25

Depois de irmos buscar Melissa pela manhã, mudamos nossa casamento para a tarde. Almoçamos os três e Melissa estava muito melhor.

Agora estou vestindo meu vestido na casa de minha mãe. Já fui na cabeleireira e fiz a maquilhagem.

Decidi não colocar um salto por causa da gravidez, sei lá, com cada desgraça na minha vida todo o cuidado é pouco. Então tenho uma sabrina branca muito linda.

Vesti meu vestido com a ajuda delas, minha mãe e Susana, enquanto Sofy e Amber colocavam seus vestidos iguais porque eram minhas madrinhas.

- Você está linda! - Falou minha mãe chorando.

- Oh não chora não! Vai borrar tudo! - Disse pegando um papel para ela.

- Temos que ir andando. - Disse Amber. - Melissa! Tá demorando querida!

Melissa tinha ido buscar a máquina que ficou no quarto dela, sim, ela tem seu próprio quarto ainda na casa da avó.

- Cheguei! - Ela estendeu a máquina para Amber.

Ficamos tirando umas fotos e depois fomos para o carro a caminha do parque.

Sim! No parque! Não perguntem como porque eu também não sei, mas Miguel conseguiu fazer com que o casamento fosse no meu local favorito. Que amor!

Quando cheguei lá meu pai já estava à minha espera. Sai do carro e ele me ajudou depois me ofereceu a mão.

- Você tá linda filha. - Ele disse e eu sorri em agradecimento. - Espero que Miguel a faça a mulher mais feliz do mundo.

Melissa foi na frente tiradando as pétalas de rosa para o chão. Fomos andando e todos das cadeiras se colocaram de pé, mas eu só tinha foco a uma pessoa, Miguel.

Eu o já tinha visto de terno, mas ele hoje estava absolutamente perfeito. O tempo parecia parar a cada passo que eu dava de acordo com a música.

Quando cheguei Miguel falou com as pupilas dilatadas:

- Você é linda... Mas hoje você tá incrivelmente linda! - Sorri mordendo o lábio inferior.

- Você também não está nada mal. - Ele fingiu ferido.

O casamento correu normal, fiz o meu voto e na vez de Miguel ele falou interrompendo o senhor :

- Sabe que mais? Eu vou falar aquilo que sinto. Isabella... Passamos por tanta coisa, eu te amei na saúde e na doença, na tristeza e na alegria e sempre irei te amar incondicionalmente. Nossas pequenas e até mesmo grandes discussões, só mostraram o quanto nos amamos um ao outro. Eu quero amar você até sermos velhinhos e quero ser a coragem da nossa filha mas também dos nossos netos. Isabella, não há palavras para descrever como você me fez despertar de um mundo que eu tou adorando conhecer, o nosso mundo. - Assim ele colocou a aliança no meu dedo. - Então sim, eu aceito. - O homem riu da originalidade dele e depois continuou.

- Declarovos marido e mulher, pode beijar a noiva.

Eu não hesitei e puxei logo a nuca de Miguel fazendo com que dessemos um beijo longo, mas calmo e apaixonado. Todos bateram palmas e começaram a atirar aroz e pétalas de rosa em nós.

Agora estamos no salão jantando, na nossa mesa está minha mãe, meu pai e Susana. Fiquei me perguntando o que houve com pai de Miguel durante todos esses anos, sempre que tentei falar sobre isso ele desviava o assunto durante a preparação do casamento.

- Eu quero que você cuido bem de minha filha! - Falou meu pai.

- Ai se cuido. - Ele sorriu de lado e dei um tapa no seu peito fazendo a gente rir.

- Miguel... - Sussurrei no seu ouvido e ele me olhou. - Nós agora somos casados... Acho que tá na hora de me contar o que ouve com seu pai. - Ele suspirou.

- Meu pai... Ele era traficante de droga... - Era? Oh! - Depois que ele foi preso uns caras o mataram na prisão pensando que ele era o traficante de crianças, o confundiram. Minha mãe não costuma falar nele porque ficou magoada com aquilo que ele fez.

- Oh! - Encarei meu prato atordoada. - Quantos anos você tinha?

- 8 anos. - Acariciei suas costas. - Ele podia ter feito um crime... Mas era meu pai, ele nunca me fez mal nenhum, entende? - Assenti.

- Agora entendo o que você falou quando fui embora. - Ele sorriu triste como se lembrasse disso.

- Agora já passou, agora a gente é casado! Quem diria?

- É sim! - Eu ri feliz.

Quando terminamos de comer fui trocar de vestido e depois eu e Miguel demos a abertura à pista de dança. Depois de um tempo Melissa correu até nós e Miguel a pegou no colo fazendo dançar com a gente.

Por fim, todos apareceram na pista e dançaram connosco. Amber chegou até mim e falou:

- Não vai dar a novidade?

- Que novidade? - Pergunta Miguel.

- Ah nada não! - Diz Sofia aparecendo também. - Vamos roubar sua mulher agora. - Elas pegaram meu braço e saímos.

- O que vão fazer? - Pergunta Xico.

- Você verá. - Fala Sofia lhe dando um selinho.

Fomos no banheiro, eu tava com meu vestido curto para dançar, por isso foi fácil ir mais rápido. Peguei a caixinha que comprei para dar a Miguel a novidade e Sofia mais Amber estavam retocado a maquilhagem.

- Vem também retocar. - Sofia me puxou e deu um retoque em mim.

Quando terminamos, voltamos lá e a maior parte já não estava a dançar.

- Hora do bolo. - Falei para Miguel quando ele tava conversando com Alex.

- Já? - Assenti. - Então vamos. - Ele pegou minha mãe e olhou a caixa que eu tinha na outra, escondi atrás das costas. - O que é isso?

- Hum talvez seja a novidade. - Ele me olhou curioso.

Chegamos perto do bolo e Miguel bateu com a faca no copo.

- Bom pessoal! Eu não sei porquê mas minha mulher tá ansiosa para partir o bolo! Então vamos nessa! - Todos riram.

- Não tou não. - Eles me olharam confusos principalmente Miguel. - Pega - Dei a ele a caixa.

- O que é isso? - Fiz sinal para ele abrir.

Quando ele abriu a caixa tinha uma fita azul gigante, ele foi sempre puxando impaciente e quando chegou no fim tinha uma chupeta azul amarrada nela. Depois tinha um papel no fundo e ele pegou e leu em voz alta:

- "Parabéns papai! Eu já tou à três meses na barriga da mamãe. Sim, eu sou um menino, mamãe queria saber com você por isso não culpe ela, a senhora falou sem querer. Mamãe espera muito que papai fique feliz com essa novidade, beijinhos, filhinho já te ama na barriga dela!" - Quando ele acabou de ler me olhou pálido mas parecia feliz, ou não? Ele me deixou confusa.

- Miguel? - O chamei vendo se ele saía daquele transe. Vi uma lágrima a descer pela sua bochecha.