Capítulo 18

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- Espera! Você tá me dizendo que eu... Eu! Sou o pai de Melissa? - Assenti e ele me abraçou forte quase partindo minha coluna. - Oh Deus! Como isso é possível?

- Sendo! - Eu ri com o rosto escondido no seu pescoço. - Ficou feliz?

- Fiquei! Como não ficar? - Ela plantou beijos no meu rosto. - Pretende contar a ela assim cedo? - Assenti.

- Ela já passou seis anos sem o pai... Não quero tirar isso dela por mais tempo.

- Entendo. - Ele olha o relógio. - Podia dormir aqui, agora é hora do jantar e também podia comer aqui.

- Humm oferta tentadora mas eu não acho boa ideia.

- Porquê?

- Sei lá, ainda vão pensar que vamos transar aqui.

- E não vamos? - Ele mordeu de leve meu ombro.

- Miguel! - Bati em seu peito e ele riu. - Pode me emprestar seu celular? Eu deixei o meu no quarto.

- Tá. - Ele me entregou. - Mas para quê?

- Vou ligar a Xico, ele está com Melissa. - Me levantei com dificuldade e depois sentei na beira da cama. - Oi Xico, sou eu, a Isa. - Digo quando ele atende.

- Oi Isa! Já acordou?

- Se eu tou falando com você é porque sim. - Ele riu do outro lado da linha. - Como Melissa está?

- Com saudades da mãe, mas bem. - Sorri toda boba. - Quando vai voltar?

- Amanhã já tenho alta.

- Que bom. Quer falar com ela?

- Melhor não, porque depois não vou saber responder às suas perguntas.

- Tudo bem. Então descanse. Txau, manda beijo.

- Txau, eu mando. - Desligamos.

Entrego o celular a Miguel e quando ele ia falar alguém bateu na porta. Ele falou um "Entre" meio chateado me fazendo rir. Assim entrou dois policiais me deixando meio nervosa.

- Boa tarde, nós queríamos falar com os dois, primeiro com Isabella Batista mas o médico falou que estava aqui.

- Boa tarde. É por causa do que aconteceu? - Eles assentiram.

- Queríamos fazer umas perguntas, tem problema se os dois tiverem presentes ou querem individualmente?

- Tudo bem assim. - Eles se sentaram mas poltronas e pegaram em um bloco de notas.

- A relação de vocês com Patrícia Rocha era boa ou má?

- Não muito boa. - Digo me sentando mais confortável e fazendo uma careta. - Ela não gostava muito de mim mas nunca percebi bem o porquê.

- Ela tinha ciúmes de Isabella. - Diz Miguel. - Porque Patrícia sempre foi obcecado por mim mas eu nunca quis nada com ela, não posso negar que nos envolvemos mas sempre deixei as coisas claras.

- Como?

- Eu falava para ela que tava enjoado mas ela sempre ficava no meu pé me dizendo que me amava.

- Batia nela?

- O quê? Não! - Gritou Miguel.

- Foi só uma pergunta normal. Toda a informação é necessária. - Disse o policial anotando algo. - Você acha que é por isso que Patrícia odeia tanto Isabella?

- Sim, afinal não tinha outros motivos, ou tem? - Ele ignorou minha pergunta.

- Bom, agora nos dêem licença. - Assim eles saíram. - Uma boa tarde aos dois.

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