Capítulo 11

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Decidi vestir um vestido florido e calcei umas all star brancas, eu era doida por all star. Deixei meus cabelos soltos e passei um batom mais um rimel em meu mim.

Desci as escadas e não vi Miguel na sala. Então fui à cozinha e ele estava ajudando Melissa a comer.

- Minha mãe? - Perguntei a procurando.

- Ela foi no mercado.

- Ah... Ta bom. - Sentei do lado de Melissa e passei minha mão em seus cabelos. - Tá comendo tudo? - Ela assentiu. - Linda menina.

- Vai querer almoçar onde? - Perguntou Miguel.

- Eu não sei.

- Hamburguer! - Gritou Melissa do nada.

- Ela ama hamburguer.

- É. Deu pra entender! - Rimos todos.

- Não se importa se for um hamburguer? Tem no parque uns ótimos!

- Para mim é ótimo assim.

- Tá bom então. Vamos? - Perguntei e ele assentiram.

Miguel foi ajudar Melissa a lavar as mãos e a boca e fiquei arrumando pelo menos a mesa.

Saímos de casa e pelo caminho todo Melissa falava com Miguel de coisas bem aleatórias.

- Eu tenho dois tios! - Disse ela fazendo o número dois com os dedos. - Você não conhece eles.

- Ah é? Como se chamam?

- Amber e Nicolas, eles são irmãos e são grandes amigos da mamãe. - Derrepente Miguel ficou bem tenso. - Tio Nico gosta da mamãe mas ela não sabe. - Melissa sussurrou para Miguel mas mesmo assim eu ouvi.

Vocês já sabem como ele ficou neh? Mais tenso que antes mas agora com a mandíbula cerrada.

- Eu ouvi isso mocinha. Ele não gosta não.

- Gosta sim.

- Melissa! - Ela se calou cruzando os braços.

- Não tenho culpa se mamãe é cega.

- Melissa... - Lancei aquele olhar para lhe dar medo apesar de eu não querer, mas Melissa já estava a esticar a corda, as coisas já estavam tensas o suficiente.

- Bom, chegamos mas vocês ainda não devem ter fome neh?

- Não. - Falou eu e Melissa no mesmo tempo.

- Posso ir no baloiço? - Assenti então fomos até lá.

Ficamos obsevando Melissa brincar e depois Miguel falou:

- Desculpa ter saído daquela maneira do hospital, mas... - Ele suspirou enquanto olhava Melissa. - Eu tive o sentimento tão forte por Melissa por ser o pai dela, e quando vi que deu negativo... Meu mundo desabou.

- Eu lamento... A culpa foi minha.

- Tudo bem. Ninguém tem culpa. - O olhei e não sei porquê mas me deu uma vontade enorme de o beijar.

Parecia que ele tinha percebido então aos poucos ele se aproximou e colamos nossos lábios com um beijo calmo mas triste.

Afastei nossos rostos olhando para baixo e falei:

- A Melissa pode ver a gente e isso não seria bom.

- Tem razão. - Sorrimos um para o outro. - Como vai falar para Henrique?

- Eu não sei. Pode não parecer mas eu realmente queria que fosse você o pai. - Disse olhando em seus olhos. - Como tinha falado antes.

- Sério? - Assenti e ele sorriu.

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