Capítulo 16

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Aqui estou eu em um bar junto com Miguel, Amber e Nico prontos para ouvir os FyBell a tocar.

Enquanto eles não entrem Amber ficou dançando com Nico e eu com Miguel.

Como o álcool tava começando a tomar conta de mim, eu virei de costas e rebolei meu quadril colada no seu corpo.

Miguel tinha suas mãos em minha barriga e dançava ao meu ritmo.

Aquilo era muito bom, mas também era uma tortura porque eu só conseguia imaginar a minha boca colada na dele e fazendo sei lá mais o quê... Vocês entenderam.

Me virei para ele e coloquei meus braços em volta do seu pescoço e ele abraçou minha cintura.

- Quem te ensinou a dançar assim? - Perguntou Miguel gritando para eu ouvir.

- O álcool e você! - Ele riu e fiz o mesmo.

- Gente eles já vão tocar! - Disse Amber.

Nós afastamos e ficamos de frente para o palco e eles deram a entrada a tocar uma música bem elétrica.

Eles já tinham tocado algumas e depois foram dar uns autógrafos a umas fãs.

- Eles são bem famosos. - Disse Miguel me abraçando por trás.

- Aham! Eles são muito bons, tem como não ser famosos?

- Isso é verdade.

Quando eles terminaram foram ter com a gente sentar na nossa mesa.

- Parabéns! Eu amei! - Falei e Xico sentou do meu lado me abraçando os ombros.

- É mesmo? - Assenti. - Bom... O nome da nossa banda é com seu nome então... Era o mínimo você gostar!

- Com o nome dela? - Perguntou Miguel confuso.

- Ah sim! Vê que fofo! - Me virei para ele para explicar. - Eles deram o nome de FyBell que significa For you e o Bell vem do meu nome. Lindo neh?

- É... - Ele olhou Henrique com a mandíbula cerrada. - Mas estranho não?

- Porque deveria de ser estranho? - Perguntou Henrique.

- Porque será? A Sofia e Xico beleza, mas você... Ainda gosta dela? - Henrique ficou em silêncio por segundos.

- E se eu gostasse? Qual seria o problema? - Miguel ia se levantar e pular em seu irmão mas eu segurei seu braço a tempo.

- Por favor, não. - Disse e ele me olhou e depois saiu.

- Qual o problema dele? - Perguntou Xico. - Vocês andam de novo?

- Não... Quer dizer... É meio confuso mas eu acho que sei qual é o problema. - Olhei Henrique e engoli seco e depois fui a correr atrás de Miguel.

Ele já estava entrando no carro então me meti à frente dele o impedindo de sair.

- Sai da frente! - Ele gritou com a cabeça fora da janela.

- Eu só saio se você vier falar comigo! - Ele puxou o ar e saiu do carro fechando a porta com força.

- Fala! - Ele disse parado na minha frente.

- Porque ficou assim? Porque não é o pai da Melissa? - Ele coçou os olhos e voltou a me olhar.

- Você não entende! Você não entende que eu queria ser sim o pai dela! Eu queria que fossemos uma família! Eu até podia tentar aceitar ele ser o pai e nós ficarmos juntos na mesma! Mas ele indiretamente acabou de falar que ainda gosta de você! E como ele é o pai isso muda muita coisa! Já parou pra pensar? - Ele recuperou o fôlego. - Se ele gosta de você... Você vai começar gostando dele, porque eu sei muito bem que à seis anos atrás você estava confusa mas sempre preferia ficar com ele.

- Não! - Agarrei seu rosto. - Sempre foi você Miguel! Eu só tentava ignorar o que sentia porque você era um babaca e eu achava que seu irmão seria bom para mim!

- E é!

- Não é não... Porque meu coração sempre iria chamar por você e eu não seria feliz com ele.

- Como sabe?

- Porque se eu gostasse dele eu estaria lá dentro e ignorava o facto de querer dizer que te amo, porque eu te amo mesmo Miguel, você foi a única pessoa que conseguiu meu coração, então não me abandone. - Ele me olhou com os olhos húmidos e depois me puxou pela cintura me beijando apaixonadamente.

- Eu te amo Bella! - Ele voltou a me beijar.

Paramos pôr falta de ar porque aquele beijo foi tão bom que parecia o primeiro de todos.

- Tinha saudades de você me chamar Bella. - Ele riu.

- Pra quem não gostava... - Soquei seu ombro e ele fingiu doer esfregando ele.

- Vamos voltar? - Ofereci minha mão a ele.

- Se não se importa... Eu vou dormir.

- Tá. - Dei um selinho nele. - Dorme bem.

- Txau Bella. - Sorri e voltei a entrar no bar.

- Tudo bem? - Perguntou Amber.

- Tudo ótimo! - Sentei de novo no meu lugar.

- Está muito feliz! Olha o sorriso bobo! - Disse Xico baguçando meu cabelo.

- Ah não! Para! - Tentei fazer ele parar mas não consegui. - Lindo que ficou! Obrigada! - Disse quando ele parou e todos riram de mim.

Ficamos mais um pouco no bar e então voltamos todos para casa. Como Henrique estava dormindo na casa da mãe, ele foi comigo, Nico e Amber.

Chegamos e eu decidi falar daquilo agora ou nunca.

- Isabella, não vem? - Perguntou Nico.

- Não... Eu... Eu preciso falar com Henrique.

- Ah tá. - Ele coçou na cabeça olhando Amber que estava tensa. - Txau então.

- Txau. - Eles entraram e eu fiquei sozinha com Henrique.

- Quer falar daquele assunto que não podia ser no celular e tinha que ser a sós também neh? - Assenti. - Pode falar então.

- Bom, não é assim tão fácil mas... - Respirei fundo e olhei nos olhos dele. - Você sabe que tenho uma filha. - Costumo ser direta mas esse não é o tipo de notícia para isso.

- Sim e daí?

- Você sabe quem é o pai dela?

- Eu tenho meus palpites.

- Como assim? - Fiquei nervosa pensando se ele já sabia durante todo esse tempo.

- Meu irmão ou um cara que você pode ter ficado lá fora, ou até mesmo o Nicolas.

- Não é nada dessas opções... - Olhei minhas mãos. - Henrique... O que eu vou acabar de dizer pode mudar muita coisa mas eu não tenho escolha. Eu me mudei porque eu tava grávida e eu tinha medo e vergonha. Medo de Miguel ser o pai por ser irresponsável e medo de ser você porque como você sabe... Quem eu amo é... Miguel. - O olhei e o mesmo suspirou.

- Você tá me tentando dizer que eu sou o pai? - Assenti.

- Você é Henrique.

- Eu não sou Isabella... Eu não posso ser pai de Melissa. - O olhei completamente atordoada e confusa.

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