call me by your name; norray

Capítulo IV - Encantador de Cobras (+14)

📍NOTA RÁPIDA: Este capítulo contém referência/spoiler do manhwa "Falta de Amor", você pode lê-lo no site: Mangá Yabu. Pode ser muito vergonhoso para alguns! Boa leitura!

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     Era ele mesmo, quem Ray tanto queria ver pessoalmente, e pelo visto, seus amiguinhos filhinhos de papai também estavam consigo.

     — Norman Ratri... É ele? — Emma sussurrou para o amigo, que afirmou com a cabeça. O Ratri os encarava com um olhar entediado, como se quisesse que os demais se retirassem daquela sala.

     Ray não esperava que Norman fosse ser tão intimidador e ainda mais bonito pessoalmente, quando o viu virar-se para ele no momento em que passou pela porta, pôde até sentir uma leve ardência nas bochechas e um frio na barriga. Seus olhos eram azuis e lembravam diamantes, eles se destacavam na pele estranhamente pálida do Ratri, que não era tão alto quanto parecia visto de longe. Gilda — a “amiga” de Norman — estava ao seu lado e Don — seu outro “amigo” — também estava lá.

     O diretor não demorou para se levantar de sua cadeira e encarar os três que entraram de repente. Ele não tirou os olhos dos estudantes por quase um minuto, assim como Norman e seus amigos.

     — Vocês vão ficar aí em parados enquanto o diretor desperdiça seu tempo esperando que dêem o fora? — Gilda quebrou o silêncio e deu um passo à frente, recebendo um olhar ameaçador do diretor.

     — Quieta, Gilda... — Norman sussurrou para a garota, puxando-a lentamente para trás de si.

     — Na verdade, senhorita Miller, estou aguardando as explicações destes alunos... mal educados — o velho fez uma expressão de nojo, ajeitando seu terno marrom-alaranjado no seu corpo redondo. — O que foi isso? Entrando na sala da diretoria sem bater na porta? Por Deus...

     — Mil perdões, sr. Diretor, erro meu! — Anna se curvou imediatamente, segurando a gola de seu uniforme e apertando-a contra seu pescoço com força. “Isso é sério? Falando de bom comportamento e esquecendo de bater na porta antes de entrar, muito bem, Anna”, pensou Ray.

     — Venham até aqui, deixem-me ver os seus crachás. — o homem ordenou e assim eles o fizeram. Ray sentiu um desconforto e percebeu que estava sendo observado, quando olhou para o lado, não era ninguém mais, ninguém menos, que o seu mais novo rival. “Por que esse cara está...? Qual o problema dele?” — Ei, você, moreno da franja!

      Ray voltou a olhar seu superior, que o encarava com um olhar impaciente.

     — E-Eu?

     — Sim, não tem nenhum moreno de franja aqui a não ser você. — respondeu, entregando o crachá de Ray de volta. — É o novato de Denver, certo?

     — Denver? — murmurou — Ah, sim! Sou eu sim, Emma também é de lá.

     — Argh — o diretor revirou os olhos e respirou fundo, voltando a se sentar em sua cadeira. — Minhas desculpas pela grosseria, é que maus comportamentos realmente me irritam. Imagino que tenham vindo pegar o número de seus dormitórios, assim como esses alunos aqui. — ele apontou para os estudantes que estavam no canto da sala: Norman e seus cãezinhos — Só um momento.

     Ele abriu uma das gavetas da mesa e selecionou aleatoriamente seis fichas, jogando-as em cima da mesa e permitindo que os mais jovens pegassem. Norman, Don e Gilda se aproximaram para pegarem as suas assim como Anna, Emma e Ray.