Capítulo XXI - Sem Expectativas

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     De olhos fechados, Norman desceu a língua quente por toda a extensão do membro alheio, distribuindo beijos rápidos enquanto o fazia. Ray sentia o corpo inteiro arrepiar e preparava a mente para as cenas obscenas que estava pra ver de Norman sendo inacreditavelmente ainda mais descarado do que já vinha sendo. Ele tinha medo de afastar as mãos da boca e, ao invés de xingar o Ratri, acabar gemendo seu nome feito uma menininha, porque porra, cada toque do rapaz em sua pele era gostoso pra caralho. Canalha!

     Norman eleva os olhos até as orbes escuras de Ray. Seus olhos possuíam, na realidade, um tom meio esverdeado, mas só era possível perceber na luz. O moreno lhe encarava com as pupilas dilatadas, a boca tampada pelas duas mãos trêmulas e os olhos levemente caídos, sendo aquela sua última visão antes de passar a mão no cabelo, jogá-lo para trás e colocar o membro alheio inteiro em sua boca, iniciando movimentos de vai e vem lentos e seguidos. Por um momento, Ray tirou as mãos do rosto para segurar a cabeça de Norman, enroscando os dedos em seus fios, e a outra mão pousou no chão coberto pelo edredom para que pudesse sustentar o corpo. Jogou a cabeça para trás e, em um suspiro pesado, empurrou a cabeça do Ratri para mais fundo, acelerando os movimentos.

     A sensação prazerosa e quente que havia tomado o corpo de Ray... Ele nunca tinha sentido nada daquilo antes e com certeza não estava em seus planos, nem mesmo nunca imaginou que iria fazer algo assim com o único filho do William Minerva, o cara que estava sempre nas capas das revistas que sua mãe levava pra casa. Não mesmo. Quantas garotas queriam estar em seu lugar e nem imaginavam o que estava acontecendo ali dentro daquela barraca? Quando ele pensava nisso, gostaria de poder se gabar.

      Com pensamentos abruptos tomando sua cabeça, Ray parecia ter ficado ainda mais excitado, por algum motivo, e ainda mais sensível quando sentiu os dedos finos do Ratri apertando sua coxa enquanto subia a mão descaradamente até sua cintura.

     Ele aperta com força os fios alheios e levanta o rosto de Norman. Ele estava completamente vermelho, seus lábios levemente inchados e molhados e o cabelo não tão bagunçado. Nem fazendo coisas indecentes e sendo o mais obsceno possível aquele rosto deixava de ser angelical. Nem com um sorriso perverso mirando-o Ray perdia o desejo de beijar aquela boca vermelha, sequer ser atacado por ela.

     — O que houve? — ele se inclina até o rosto do garoto. Norman abre um sorriso convencido. — Algum problema?

     Ray tem um espasmo quando o albino se aproxima.

     — Não devíamos estar fazendo isso... — ele desvia o olhar, sentindo o rubor tomar suas bochechas.

     Norman revira os olhos e agarra a nuca do rapaz, beijando-o. Ray tenta acompanhar os movimentos rápidos no mesmo ritmo, mas ter sido pego de surpresa não lhe deu tempo para preparar o fôlego.

     — Não devíamos, mas parece que o seu corpo não acha o mesmo. — ele sorri vitorioso enquanto mantém os lábios ainda colados aos de Ray, sentindo o moreno arrepiar no momento em que ele dedilha a sua barriga. — Você literalmente acabou de sentar em mim e só está falando isso agora?

     As mãos do Ratri deslizaram até o quadril do moreno e lhe puxaram para mais perto. Em seguida, com a outra mão, ele segurou seu próprio membro, aproximando-o da entrada dele e esfregando-o ali para provocá-lo. Ray parou o beijo no mesmo instante, apertando os olhos e abaixando a cabeça, até que deixa um gemido baixinho escapar. Ele vai... Deus, ele vai...!!!

     — O que eu deveria fazer agora? — Norman sussurra num tom provocativo, mordendo a orelha do garoto com um sorriso de ponta a ponta que parecia não parar de crescer em seu rosto... Se ele continuar enrolando assim, ele não vai, na verdade. — Você disse que prefere quando eu estou no controle, não é?

call me by your name; norray Onde histórias criam vida. Descubra agora