Oi, meu amorzões, como estão?
Perdoem minha demora pra atualizar, mas eu tive um bloqueio criativo nesse cap - inclusive, não tô achando 100%, mas vamos lá
Voltemos com o drama rs
Boa leitura <3
~~~~~~~~~~~~~~Raquel não teve muito tempo para entrar em desespero. O corpo de Paula inchava a cada minuto e a pele ficava ainda mais vermelha. A mulher sabia que era uma reação alérgica a alguma coisa, mas estava aflita demais para pensar na causa dela. Felizmente, Murillo tinha seringas em casa e o composto necessário para reverter a situação - deixemos em off o modo como ela conseguiu isso. A menina já tinha sofrido com reações alérgicas poucas outras vezes, então a loira deixava aquilo sempre perto o suficiente. A mais velha nem teve tempo de acordar a pequena, o corpo dela já estava fraco demais pelo tratamento. Aplicou a injeção de hidrocortisona de modo subcutâneo e ficou deitada ao lado da filha esperando a melhora. Foram trinta longos minutos, mas ao menos Paula tinha voltado a respirar - ainda com um pouquinho de dificuldade - e o corpo já estava desinchado e da cor natural.
Agora mais calma, Murillo tentou pensar no que a menina havia comido no jantar. Não viu problema num risoto de quatro queijos com cogumelo. Mas justamente aí que estava a causa: elas nunca comiam funghi e Paula era alérgica a um único tipo, o porcini. No menu não veio especificado. É um fungo extremamente versátil e combina com todo tipo de carne, risoto ou macarrão. Além de ser o mais usado na culinária italiana. Agora todos sabemos o que Raquel vai pensar, certo? Que foi negligente e não se preocupou. Mas também sabemos que a culpa não foi dela.
Ainda deitada ao lado da menina, algumas lágrimas deixaram o rosto da loira. Ela estava esgotada pelos últimos dias e agora ainda mais achando que não era uma boa mãe por ter permitido que isso acontecesse. Raquel se cobrava demais. A maternidade solteira, o pouco apoio dos pais, o nascimento prematuro de Paula... ela sempre teve que lidar com tudo sozinha. Tinha apenas a irmã, que não se importava em ajudar, mas Mônica também tinha sua vida e Murillo não queria atrapalhar. Ela estava desgastada emocionalmente há muito tempo. A mente quase sucumbia ao cansaço, mas ela resistia. Queria estar desperta para caso a filha precisasse. Entretanto, foi pouco a pouco que Morfeu a envolveu num sono conturbado.
Se ela tivesse dormido mais de uma hora seguida, eu diria que tinha sido muito. Perdeu a conta de quantas vezes acordou no susto. De quantos inícios de pesadelo se formaram em sua mente. A última vez que ela parou de tentar eram 6h12, mas ela continuou ali observando Paula dormir tranquilamente. A menina era tão forte, tão cheia de vida. Passou por situações difíceis mesmo antes de nascer e inspirava Raquel a ser mais forte. Soltava palavras de incentivo, mostrava apoio e sempre acreditava que tudo ficaria bem. A loira passava o dorso da mão no rosto da menina, que agora não tinha nenhuma complicação na respiração. Se sentia sortuda por ter tido uma filha tão compreensiva.
Flashback on - quatro anos atrás
Raquel estava trabalhando continuamente. Mal parava para comer e tomar água. Os deadlines chegavam a todo momento. Ela estava grata por estar trabalhando e recebendo mais que o suficiente para manter a casa, mas se sentia mal por não ter tempo para a filha. Vez ou outra ela lançava olhares cálidos para Paula, que brincava distraidamente no carpete. Não tão distraída assim, na verdade. Ela fingia não ver, mas sentia sempre quando sua mãe a olhava. E sabia que Raquel fazia isso por ela. Após algum tempo, quando a mais velha estava muito concentrada, a menina foi até a cozinha e pegou um copo com água fria e um lanche que estava na geladeira e levou em suas mãozinhas pequenas até a mesa onde estava Raquel.
- Mamma, mangia per favore.
Raquel a olhou assustada. Não havia visto a menina passar e nem pegar as coisas que trazia. Ela não tinha fome e nem sede. Ao menos pensava isso. Seu estômago roncou e ela aceitou de bom grado tudo aquilo. Mas antes de comer o lanche, ela pensou em outra coisa muito mais gostosa e que as duas gostavam muito: batata frita. Com olhar e sorriso travessos, a mulher pegou a menina no colo e a levou para a cozinha. Paula não havia entendido o porquê de sua mãe ter feito isso, mas todas as suas dúvidas foram sanadas ao ver ela retirar do freezer o saco de batatas congeladas. O gritinho animado fez a mais velha sorrir e perceber que qualquer prazo de entrega poderia ser adiado, mas os momentos com a filha não.
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Fragmento
Fanfiction[AU Ralicia] Alicia Sierra é chefe do departamento de neurocirurgiões em um hospital renomado da Itália. Atuando na área há mais de dez anos, os casos já não eram tão surpreendentes. Mas sua vida muda radicalmente quando uma garotinha é admitida no...