[CONCLUÍDA]
Ariel Ross havia perdido o seu emprego recentemente e com isso, a garota precisava urgentemente de um novo trabalho, pois era preciso sustentar o apartamento e ainda manter o curso que fazia. Até que uma vaga gloriosa surgiu: a morena se...
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Cinco Dias Depois Sexta. Vinte e Quatro de Abril
Tomo mais um gole do capuccino quentinho, o qual comprei no caminho para a empresa, já que acabei me atrasando. Esses dias estão sendo mais difíceis do que pensei que seriam, no entanto, estou fazendo o meu melhor para não fraquejar na frente dele. Conversamos somente o necessário, nada mais que isso e mesmo assim, está sendo doloroso ficar em sua frente e ainda ter que olhá-lo diretamente nos olhos. Não consigo ser forte o tempo inteiro.
Me martirizei durante toda a semana, imaginando que irei pagar o pecado que cometi logo mais, ficando com Park Jimin. Não há um instante sequer em que eu não pense sobre a nossa transa. O clima pesado está muito pior do que no domingo e por mais que eu tente esquecer o que houve entre nós, a minha mente não colabora. Eu gostaria de não ter cedido àquela noite, queria não ter deixado que ele entrasse no quarto, assim ficaríamos longe um do outro.
Nada disso estaria acontecendo e eu evitaria toda a enxaqueca que venho sentindo.
Suspiro pesadamente e bebo o restante do meu capuccino, olhando para a agenda aberta em minha mesa. O Park tem uma videoconferência agora pela manhã e infelizmente preciso ir até a sua sala. Sei que ele está lembrando da reunião, porém é o meu trabalho avisar os seus compromissos diários. Jogo o copo vazio no lixo e me levanto, arrumando a saia em minhas coxas. Suspiro outra vez e sigo até a saída do cômodo, abrindo a porta e fechando-a em seguida.
Projeto o meu corpo pelo pequeno corredor e percebo que a porta da sala do meu chefe está aberta.
Sua voz rouca e aveludada preenche os meus ouvidos, fato que me faz fechar os olhos por alguns segundos. Jimin me deixa fraca e só o seu timbre consegue me desestabilizar. A atração que sinto por esse homem parece ser de outro mundo, intensa, ao ponto de me roubar todo o ar. Cesso os meus passos e busco acalmar as batidas exageradas do meu coração. Odeio me sentir assim, tão deslocada por causa do loiro. Fico fora de mim, completamente perdida entre milhares de pensamentos.
Maldito homem inesquecível!
— Você às vezes é tão manhosa, querida. — Solta um risinho. — Sim, tudo bem. Faremos isso, ok?
Espero mais alguns segundos para entrar em sua sala, já que a porta está escancarada. Ao cruzar o batente, meus olhos encontram os dele. Um arrepio sobe por minha espinha e não demora para que o mesmo se espalhe por todo o meu corpo, causando-me um calor incomum entre as pernas. Jimin está sentado, a postura ereta e com uma caneta dourada na mão direita. Durante todo o tempo que estou trabalhando em sua empresa, jamais o vi repetir um terno. Este é vermelho e a gravata preta consegue deixá-lo mais bonito.
