6. Indecente

5.4K 592 625
                                    

Folheio página por página das revistas que o Park me entregou, assim como faço com os livros de capa dura

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Folheio página por página das revistas que o Park me entregou, assim como faço com os livros de capa dura. Todos estão citando a companhia construída pelo Jimin e também as outras três filiais que ele comentou comigo anteriormente. Leio verso por verso da biografia do pai da Yanna e me surpreendo ao ver que ele nasceu no ano de 1985, ou seja, Park Jimin tem exatos trinta e cinco anos. O coreano não aparenta ter essa idade, por estar em boa forma e também por possuir um rosto surpreendentemente jovial.

Ao me recordar de sua face repleta de traços marcantes, sinto um fogo alastrar-se por minhas pernas e não é a primeira vez que a minha respiração se torna densa. Respiro profundamente e afasto o livro para o lado, mirando o bebedouro no canto da sala. Me levanto e vou em busca de mais um copo de água gelada, é o terceiro desde que cheguei aqui. Encho o copo e bebo todo o líquido em apenas um gole, buscando saciar a minha sede e acalmar o meu interior. No entanto, de nada adianta.

A minha sede não é de água e isso me assusta. Me assusta porque jamais me senti atraída por um homem como ele, além disso, Park Jimin é casado e possui uma linda mulher e ainda, para a situação ficar muito mais constrangedora, é pai de uma das minhas amigas de sala, a qual sempre me tratou tão bem, uma garota doce e cheia de sonhos. Suspiro e fecho os olhos por alguns instantes, me amaldiçoando internamente. Todas essas sensações são ridículas e não pretendo levá-las adiante.

É errado. Insano. Sujo. Um pecado.

Passo ambas as mãos em meu rosto e volto para a minha mesa, sentando-me na cadeira giratória e de couro. Pego mais uma das revistas, essa é do ano de 2014. Logo na primeira página há uma foto do Park, a qual ele está com o cabelo totalmente preto. É incrível como os seus olhos e lábios se destacam na fotografia. Seu corpo não está tão forte como agora, apesar das coxas grossas. Dou uma breve mordida no lábio inferior, percebendo que estou desejando-o de maneira selvagem.

Isso é inadmissível.

Fecho a revista rapidamente e a afasto completamente, guardando-a na pasta que o Jimin me entregou. Alcanço o balancete do ano passado, o qual está assinado pelo Park e por seu contador, dando uma breve analisada nos levantamentos feitos. Os números são incríveis! A empresa gera muito mais lucro do que imaginei. Continuo observando os dados apresentados, vendo que o gasto com os funcionários é excessivamente alto. Todos devem ganhar uma boa quantia aqui.

Estou entretida em pensamentos e levo um pequeno susto quando o telefone começa a tocar.

Senhorita Ross? — A voz grossa e absurdamente erótica, me chama do outro lado da linha.

— Sim? — Retruco, sentindo os meus batimentos cardíacos aumentarem.

O intervalo para o almoço é agora às onze. — Explica e os meus olhos se fecham de forma involuntária. Evito que um suspiro me escape. — Quer almoçar comigo, hm? — Questiona, repentinamente e quase me engasgo com a saliva. O seu “hm” saiu mais como um gemido e minha mente acaba por criar, por si própria, várias imaginações pervertidas. — Senhorita Ross? — Me chama, pois não obteve nenhuma resposta da minha parte.

𝐀𝐓𝐑𝐀ÇÃ𝐎 𝐏𝐄𝐑𝐈𝐆𝐎𝐒𝐀, 𝘗𝘢𝘳𝘬 𝘑𝘪𝘮𝘪𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora