[CONCLUÍDA]
Ariel Ross havia perdido o seu emprego recentemente e com isso, a garota precisava urgentemente de um novo trabalho, pois era preciso sustentar o apartamento e ainda manter o curso que fazia. Até que uma vaga gloriosa surgiu: a morena se...
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Park Jimin está uma confusão. Além de estar ofegante e com um olhar completamente desnorteado, os fios do seu cabelo estão desgrenhados, indicando que foram tocados com certa rudeza pelo coreano. A pergunta soa em minha mente e é a minha vez de ficar ofegante. Sua postura não está diferente da minha, pois é evidente que estamos envolvidos em uma tensão avassaladora e que aos poucos, estamos sendo consumidos por esta.
Pisco algumas vezes, incrédula e o encaro profundamente, me embriagando com a cor dos seus olhos. A atração que sinto, nasceu daqui: dos seus olhos miúdos e atraentes, desde a primeira vez em que o vi. Me sinto seduzida com a imagem que vejo, mesmo não querendo me sentir assim. Engulo a saliva acumulada em minha boca, sentindo o meu corpo formigar com a sua presença. Nem em meus sonhos eu poderia imaginar algo assim. Estou trêmula diante o Park.
Não é correto deixá-lo entrar.
Abro a boca diversas vezes, mas logo a fecho sem saber o que dizer. Continuamos parados na mesma posição, com os olhos conectados. Também estou presa em uma confusão interna, que me domina por inteira, sem escapatória. A minha mente diz não, contudo, o meu corpo diz sim e implora para que o pai da Yanna entre no quarto e me faça companhia pelo resto da noite. Pressiono os lábios e sinto a minha garganta secar em questão de segundos.
A minha sede não é de água e nem de nada parecido, mas sim do vinho que o empresário está segurando nesse momento. Perdida entre meus próprios pensamentos, afasto o corpo para trás e o homem desliza a língua pelo lábio inferior, entrando no cômodo silenciosamente. Ao passar por mim, sou surpreendida com o seu cheiro mais uma vez. A fragrância forte me deixa entorpecida e imersa no desejo que sinto por si. É inevitável não me sentir assim, atraída por si.
Pisco algumas vezes, recobrando os sentidos e fecho a porta. Estou agindo como uma garotinha assustada, no entanto, é exatamente dessa forma que estou me sentindo agora. Não é como se o loiro fosse me atacar aqui dentro. Talvez seja mais uma forma dele "consertar" a indelicadeza do outro dia, a qual é referente ao Sebastián. Jimin me olha e percebo o quanto o seu olhar está baixo. Ele parece cansado, como se não dormisse direito há dias e só agora consigo perceber o seu estado.
A tensão sexual não nos abandona em momento algum, deixando-me ainda mais frustrada do que já estou.
— Você quer? — Questiona rouco, erguendo a garrafa de vinho.
— Sim. — Respondo em um fio de voz, com uma leve dificuldade.
Vejo-o deixar as taças na pequena mesinha de vidro, no centro do quarto e abrir a garrafa com uma extrema facilidade. O belo homem enche os dois recipientes com o líquido escuro e me aproximo calmamente, buscando firmar os pés no chão para não cair. Minha pele está arrepiada e o meu coração bate em um ritmo descompassado. Afinal, estamos sozinhos e ainda por cima, dentro de um quarto de hotel. Pego a taça e a levo até os meus lábios. Jamais me senti tão assustada perto de um homem.