Capítulo 4 - Convite

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Kakashi

É, se eu ainda tinha alguma dúvida de que Sakura não era mais aquela menininha da minha equipe, hoje eu tive a certeza. A conversa que tivemos durante o almoço foi um tanto peculiar, descobri coisas que esperaria de alguém como a Ino, mas a Sakura? Cheguei a engasgar com a comida. Talvez alguns homens se afastassem ao saber de coisas assim, mas não sei porque, fiquei mais curioso em aprender sobre a Sakura. Muito curioso. O fato é que estou atraído por ela. Mas será que é só isso? Me sinto bem quando estou com ela, não por ser linda e pelos diversos atributos físicos, mas porque ela me faz rir, se preocupa comigo, é natural estar com ela. O estranho é que depois do casamento de Naruto e Hinata, parece que as coisas entre nós mudaram da água para o vinho em questão de segundos. E tudo começou com uma dança. Antes da dança, eu ainda a via como minha amável aluna e uma querida amiga. A partir da dança, comecei a enxergá-la como uma mulher. E estou adorando conhecer essa mulher.

No momento estou observando ela ir em direção ao hospital, confesso que Sakura é tão interessante de costas quanto de frente. Impossível não olhar para as curvas esculturais do corpo dela, a cintura fina, o quadril largo, as coxas grossas e a bunda que acompanha perfeitamente o andar dela. Não consigo conter os meus pensamentos e acabo imaginando esse corpo sendo possuído por mim em diversas posições diferentes. Infelizmente fui interrompido dos meus pensamentos pervertidos.

– Kakashi-sensei? – Falou Naruto.

– Sim?

– O senhor por acaso estava olhando para a Sak...

– Vamos entrando, Naruto. – Falei, entediado. Moleque intrometido.

– Tarado. – Naruto resmungou baixinho, mas eu escutei. Ri por debaixo da máscara.

– Sabe que está falando com o Hokage? – Falei brincando. O garoto ficou pálido.

– Desculpe, sensei. – Falou coçando a cabeça e rindo sem jeito.

– Não está querendo que eu indique outra pessoa para ser meu sucessor, ou está?

Agora ele já estava suando frio.

– Foi brincadeira, sensei. Eu juro.

– Vamos logo, temos muita coisa pra fazer.

Minha primeira tarefa nessa tarde foi ir até o conselho propor sobre o projeto de Gaara, que foi aceito facilmente como eu havia imaginado. Passei o resto da tarde revisando e assinando papéis, com Shikamaru reclamando da vida em um ouvido e Naruto falando sobre ser Hokage no outro. Onde eu fui amarrar meu burro, sinceramente, se Naruto já estivesse pronto, não hesitaria um segundo em passar o posto para ele. No fim desse dia cansativo a única coisa que eu queria era ir pra casa e dormir, foi justamente o que fiz. Cheguei a pensar em ir até a janela da Sakura novamente, mas desisti da ideia, não queria deixar muito na cara as minhas segundas, terceiras, quartas... intenções.

Acordei no dia seguinte sem a mínima vontade de levantar, lembrei que iria ao hospital e veria uma certa mulher de cabelos rosas, então tive um ânimo extra em ser Hokage neste dia. Como Hokage preciso ver se tudo que essa linda médica pediu de equipamentos extras realmente são necessários, eu confio em seu julgamento, mas esses protocolos fazem parte do meu trabalho, então não tenho pra onde correr. Levantei, tomei banho, me arrumei, tomei café e saí, fui direto para o hospital, já havia combinado de encontrar Shikamaru por lá. Depois de inspecionar o hospital junto com ele, sendo interrompido constantemente por pessoas me fazendo reverências, fui para a sala de Sakura, ela não estava lá, mas me disseram que poderia a esperar dentro da sala. Entrei e pude ver o quanto ela é atarefada, uma montanha de papéis em cima da mesa. Alguns porta-retratos tomaram minha atenção, a foto do time sete é claro, uma foto com as amigas, uma foto com Naruto e uma com a Ino. Por um instante imaginei uma foto nossa em sua mesa. Dava pra sentir o aroma doce dela em toda parte. Me sentei em uma cadeira em frente a mesa, mas ela acabou demorando para aparecer, então me levantei para sair. No momento que abri a porta, lá estava ela, meio descabelada, usando jaleco, parece que ela consegue ficar sexy de todo jeito. Ela deu um passo em minha direção e fechou a porta atrás de si. Ficamos perigosamente próximos.

Quando a gente menos espera (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora