Kakashi
Tsunade não disse uma palavra desde que entramos na sala de reuniões do conselho. Ela apenas me encarava com uma fúria nos olhos, e eu sentia minhas mãos suando debaixo das luvas. Estava mais apreensivo com o que ela falaria depois do que com o que seria falado pelos conselheiros.
Koharu e Homura entraram na sala e sentaram em seus respectivos lugares. A porta se abriu mais uma vez e Shizune entrou, sem encarar ninguém, nem mesmo Tsunade, ela também tomou um lugar na mesa.
— Podemos começar? — a Godaime perguntou, com impaciência nítida na voz.
— Você nem deveria estar aqui, Tsunade-hime — Koharu respondeu.
— Foi a senhora mesmo que me envolveu nisso tudo, quando veio me questionar sobre um relacionamento pessoal do Hokage.
— Do que se trata isso afinal? — questionei.
— Shizune fez graves alegações sobre você, Rokudaime.
O olhar furioso de Tsunade foi direcionado à amiga de longa data.
— Eu apenas disse que ele está em um relacionamento com uma ex-aluna.
— Não se faça de sonsa, Shizune. — Homura advertiu-a. — Você disse que esse relacionamento nasceu quando a garota era menor de idade.
— Shizune, querida — Tsunade começou, a voz mais tranquila possível, só que todos sabíamos que aquilo era para mascarar a raiva que a mulher estava sentindo por ter que passar por isso. — Agora fale a verdade e nos livre dessa reunião irritante e desnecessária. Todos aqui temos mais o que fazer.
Esperamos que a morena se manifestasse. Ela mexia as mãos nervosamente sobre o colo e pensei que não falaria nada pelo tempo que demorou para abrir a boca.
— Eu menti. É verdade sobre o relacionamento dos dois, mas menti sobre ter começado quando ela era apenas uma menina. Começou recentemente, e eu sei disso pois os dois me falaram.
— Não que seja da conta de ninguém, mas eu e Sakura começamos a nos envolver no dia do casamento de Hinata e Naruto, dia esse em que ela completou 20 anos.
— Por que mentiria sobre algo assim, Shizune? — Koharu insistiu. — Um crime de calúnia contra o Hokage é algo muito grave.
— Estava com raiva da Sakura — ela falou baixo, quase não deu para escutar.
Aquilo era tão vergonhoso para ela. Quase tive pena.
— Shizune... — Tsunade falou.
— E a senhora ficou do lado dela mais uma vez! — A mulher praticamente gritou.
Foi quando a Godaime bateu na mesa com força suficiente para fazer uma rachadura que em poucos segundos quebrou a mesa inteira.
Todos nos levantamos antes que os pedaços de madeira caíssem sobre nós.
— De novo não — lamentou Homura, passando a mão no rosto.
— Então tudo isso é por conta de uma rivalidade? — questionou Koharu.
— Sim, senhora. Eu já posso me retirar? — Shizune perguntou.
— É claro que não! — gritou a velha conselheira. — Você nos fez duvidar da boa índole do Hokage, garota! Alguma punição vai receber.
— E ninguém vai questionar esse relacionamento? — Shizune continuou a tentar me destruir.
— O conselho nunca foi responsável por decidir com quem um Hokage pode ou não se relacionar. Nem nos tempos mais antigos — Homura explicou.
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Quando a gente menos espera (Concluída)
RomanceSakura passou anos de sua vida apaixonada pela mesma pessoa. Ela se agarrou a pequena chama de esperança que ficou acesa quando ele lhe disse que haveria uma próxima vez. Mas, o tempo e a distância fizeram essa chama se apagar, para que ela finalmen...