Capítulo 6

761 73 151
                                    

Não esqueçam de votar e de deixar a ⭐ pras doidas aqui.

Pov Any

Sai do Josh quase correndo, ele estava me deixando doida com aquele papinho de amigos que posso contar com ele e bla bla bla... Não posso me permitir a ter amigos, a amar novamente isso não pode acontecer.

Entrei em casa com receio quase de ponta de pé para não acordar ele se tiver dormindo. Porem meu coração parou quando vi parado em pé de frente com a janela e um copo de uísque.

_A vadiazinha demorou mais voltou - meu pai falou e eu senti meus olhos arderem- já abriu as pernas pro vizinho ai agora veio aqui pra fazer o que? A esqueci você vive as minhas custas.

_Pai eu só estava fazendo trabalho da escola - falo com a voz tremula e ele joga o copo na parede- eu limpo o senhor pode ir descansar.

_Quem disse que eu acabei com você?- fala bravo abrindo o cinto e tirando o mesmo, meu coração estava acelerado e a respiração presa- você vai aprender a me respeitar e nunca mais trazer homem pra essa casa sua piranha.

Ele falou me segurando pelo braço e batendo com o cinto na minha coxa, mordi meus lábios para não gritar, enquanto ele me batia e descontava sua raiva. Já sentia o gosto de sangue em minha boca e soltava alguns gemidos de dor.

Ele cansou jogou o sinto longe me soltando e me deixando cair no chão com dor na minha coxa esquerda. Passei a mão devagar e ele chorando me olhou. Me estendeu a mão e eu peguei ele me levantou e deu um beijo em minha cabeça.

_Me perdoa minha filha - falou chorando e foi para seu quarto-

Fui até a lavanderia pegando a vassoura e o pano, limpei a sala e coloquei as garrafas vazias no lixo, com uma certa dificuldade em andar. Peguei a bolsa de gelo e fui para meu quarto fechei a porta e me permitir chorar.

Segurava para não chorar alto mais era difícil, meu pai me culpava por eu ter sobrevivido e minha mãe e minha irmã não. E sinceramente eu também, porque não fui junto?

Tomei um banho rápido e coloquei meu pijama, levantei um pouco o shorts e olhei as marcas da cinta em minha coxa, peguei a bolsa de gelo que agora já tinha derretido um pouco e coloquei. Se eu tivesse colocado antes iria doer mais.

Me deitei na cama com a compressa em minha perna e chorei de novo, tentando por aquela dor aquela solidão pra fora.

Já estava de noite. O choro aos poucos foi cessando, só ficaram os soluços que não paravam de jeito nenhum, o gelo da compressa já havia derretido, levantei devagar, pois minha cabeça estava doendo, fui até o banheiro, me olhei no espelho e odiei o que via ali.

Frágil, uma pessoa frágil, é isso o que sou, culpada, culpada pela morte das duas pessoas mais importantes da minha vida, sem amor, a última pessoa que o teve jogou no lixo.

Abri a torneira e lavei meu rosto que estava inchado de tanto chorar e meus olhos muitos avermelhados. Saí do banheiro, voltei a me sentar na cama, olhei pela janela e vi a luz do quarto de Joshua ligada, fiquei encarando a mesma por breves segundos, até o loiro aparecer em minha visão, ele estava mexendo em algo do lado da janela, provavelmente na escrivaninha que ficava ali.

Parei de olhar para lá, quando vi Josh olhando em minha direção, me levantei e lentamente saí do quarto, indo para a cozinha, precisava fazer algo para comer.

Chegando na cozinha, procurei a coisa mais fácil para fazer, macarrão, o peguei e preparei rapidamente. Sentada na mesa, enquanto comia, pensava em tudo o que já aconteceu comigo. Foram tantas coisas, tantos acontecimentos de uma só vez.

Meu pai, quando eu era pequena, o homem era um amor de pessoa, o melhor pai do mundo, éramos felizes, até a morte da minha mãe e da minha irmã, ele mudou, eu mudei. Foi quando ele começou a beber descontroladamente, se tornou uma pessoa agressiva, um monstro, tenho medo de ficar perto do mesmo quando se tem bebida no local.

Termino de comer e lavo tudo o que sujei, voltei para o meu quarto, me deparando com um pequeno papel no chão, franzi o cenho e o peguei.

Está tudo bem com você?

Ass: Josh

Esse menino só pode estar de brincadeira com a minha cara, será que ele não vai cansar?

Fui até a janela e vi o loiro sentado na cama, de costa para mim.

_NÃO É DA SUA CONTA, PARA DE ME ENCHER O SACO! - gritei e ele se virou na minha direção-

_Te vi chorar, está tudo bem? - ele se aproxima da janela, ignorando completamente tudo o que eu disse-

_Se eu estava chorando, não está tudo bem, né? Mas como já disse, não é da sua conta Joshua - voltei a dizer-

_ Se quiser conversar, pode vir aqui, eu te ouço - ele deu um pequeno sorriso e jogou a cabeça um pouco pro lado - posso ser um psicólogo para você.

_Não quero sua ajuda, quero que me deixe em paz! - sai de sua visão, mas logo voltei - para de jogar papéis aqui! - ele deu uma gargalhada- meu quarto não é lixo.

_Eu não prometo nada - saiu do meu campo de visão-

Bufei e fechei a cortina, me joguei em minha cama e revirei os olhos, intrometido, é isso o que aquele menino é. Pego meu celular e entro no contato de Savannah. Ela que é amiga dele tem que dar um jeito nele ou eu vou surtar.

 Ela que é amiga dele tem que dar um jeito nele ou eu vou surtar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Nem para me ajudar também. Coloco o celular no criado mudo e me viro para a parede, ainda sentido uma pequena dor na perna, já to até vendo esse menino amanha quando me ver mancando vai ficar no meu pé. Que saco.

Como posso me permitir ficar calma com ele no meu pé, temos que finalizar logo esse trabalho pra eu não precisar mais olhar pra ele. Com esses pensamento acabo adormecendo.

Oie meus Piticos todos bem?


Espero que tenham gostado do capitulo.

Eu e a nos esforçamos muito sempre para agradar vocês.

Amo vocês Surtados.

𝕐𝕚𝕟 𝕐𝕒𝕟𝕘 - 𝔹𝕖𝕒𝕦𝕒𝕟𝕪 Onde histórias criam vida. Descubra agora