Gerard Way - capítulo 12
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— O qu- - eu nem pude completar a minha pergunta, pois fui calado pelos lábios do Frank.
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Oh, sim… é claro que eu me lembro perfeitamente do nosso primeiro beijo, afinal aquele não era um beijo qualquer para mim, aquela foi a primeira vez que eu me permiti ser beijado por um homem. Isso nunca tinha acontecido antes, mas eu gostei, eu queria mais.
Sentir a língua viscosa e dominadora de Frank passear pela minha boca e aproveitar o toque de seus lábios macios colados aos meus, foi gostoso demais para que eu pudesse protestar.
Eu poderia dizer que eu só não o rejeitei por causa do álcool, mas para eu lembrar de tudo isso com tantos detalhes, eu com certeza estava sóbrio o suficiente para saber o que estava fazendo.
Ah, sim… a sobriedade, a inimiga da diversão.
Infelizmente, se eu dissesse que depois desse beijo nós tivemos uma noite incrível regada de sexo a luz do luar, eu estaria mentindo. Se eu estivesse com uma mulher ao meu lado, com certeza este seria o final, mas quando eu obtive a consciência de que eu estava entregue aos beijos de um homem e que isso, supostamente, era "errado", eu subitamente me afastei dele.
— O que houve? - ele perguntou assustado pela minha atitude repentina.
— Eu preciso ir. - e, como a cinderela à meia noite, eu fugi do homem que havia me proporcionado a noite mais inesquecível da minha vida. Essa decisão foi estranhamente dolorosa.
No dia seguinte nós nos encontramos para um novo passeio, pois, de todo modo, ele ainda era o guia da família, mas as coisas ficaram extremamente entranhas e tensas entre nós.
E eu estava abalado com o que aconteceu. Veja bem, eu nunca, em toda a minha vida, havia questionado a minha heterossexualidade e de uma noite para a outra, eu simplesmente não conseguia tirar a imagem de um homem da minha cabeça.
Mas quem pode me culpar? Tudo em Frank é encantador. O sorriso, os olhos, a boca, a pele tatuada, a companhia, o beijo… enfim, tudo. Além disso, eu fiquei realmente curioso para saber quais outras sensações o corpo masculino poderia despertar.
Por fim, não fazia mais sentido a ideia de que desejar Frank era algo errado, mas mesmo assim eu tentei me manter fiel a este princípio, até onde eu consegui.
Eu me lembro que eu passei as três noites seguintes tentando esquecer o que vivi com Frank e o desejo de experimentar mais, passando o máximo de tempo possível com a maior quantidade de mulheres que eu consegui.
Eu tentei todos os tipos de relações hétero que consegui pensar: sexo, orgia e até mesmo a porra de um encontro romântico, no mesmo estilo o que tive com Frank, mas absolutamente nada disso mudou a minha situação.
Eu estava sendo torturado com a ideia de que Gerard Way, verdadeiramente, queria experimentar experiências homossexuais, talvez até afetivas com Frank Iero, seu guia turístico. Isso era surreal e assustador para mim, mas era a mais pura verdade.
Mesmo inconformado com o fato de que Frank, com apenas algumas horas, havia causado todo esse estrago em mim, eu fui até ele pedir uma segunda chance. Mesmo com o meu orgulho e auto imagem abalados, eu apareci naquele mesmo bar onde tudo começou e como eu esperava, ele estava se apresentando.
Sempre seria agradável presenciar um show de Frank, mas naquele momento eu estava muito nervoso e receoso sobre que fazer, para conseguir aproveitar sua performance.
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Quarantine Limits ✱ ғʀᴇʀᴀʀᴅ
Любовные романыApesar de ter sua independência financeira, Frank Iero, um humilde guia turístico, nunca fora alguém com um grande patrimônio e depois de uma desilusão amorosa, tudo em sua vida se tornou infeliz, amargo e sem sentido. Consequentemente, sua fonte de...