Aquele silêncio é inserducedor. Cheio de perguntas e eu não estava afim de descobrir as respostas mas nada fica inacabado com Delia Baumann LeBlanc.— Me diz a porra do motivo que eu estou aqui. — Pergunto entre dentes e ela ri.
— Igualzinho a sem noção da sua mãe...
— VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR SOBRE ELA. — Grito e ela se aproxima cruzando os braços.
— Olha só, é a cara dela. — Ela nega com a cabeça. — Só esses cabelos ai que são mais loiros e esses olhos azuis demais. Você é muito exagerada. — Ela fala com nojo e me seguro pra não dar um jeito de chutar a cara dela.
— Eu não vou falar sobre minha família com você. Você não tem o direito de saber de nada. — Falo mais uma vez e ela sorri com irônia. — Fala logo o que você quer.
— Tá bem. — Ela se levanta descansando as mãos em suas coxas. — É uma coisa muito simples, mas antes quero reforçar que nunca quis que houvesse procriações tão nojentas. — Ela cospe no chão a minha frente e a raiva continua me consumindo.
— Que merda você quer? Dinheiro? — Pergunto e ela ri. — Se for dinheiro que quer, eu dou para você me deixar em paz.
— Eu não preciso do seu dinheiro. — Da pra ver em seus olhos que é mentira, mas ela quer algo mais. Algo que com toda certeza irá me machucar. — Sabe o que eu disse a sua mãe se ela tivesse um filho com aquele homem? — Ela espera eu perguntar mas fico em silêncio. — Que eu acabaria com essa geração detestável. E eu andei até hoje cumprindo minha promessa.
O choro entala na garganta, eu estou conseguindo entender aonde ela quer chegar e eu não sei se vou aguentar. Mais uma vez.
— Eu não sei porque se esforça tanto, afinal, eu nem uso o sobrenome de solteira da minha mãe. Uso só o do meu pai e de minha família adotiva. Ninguém sabe quem são vocês mais. Desde que minha mãe morreu, vocês são apenas uma empresa quebrada. — Delia vem a passos largos até mim e segura meu rosto com força.
— Essa empresa só está quebrada porque a peste da sua mãe decidiu abandonar a vida de modelo para viver como uma pobretona viajante. — Ela fala com raiva, soltando meu rosto.
— Ela estava cansada de ser escravizada pela própria mãe e decidiu viver a vida fazendo o que amava com quem amava. — Falo a verdade e ela ri ironica.
— O amor. Ah o amor! — Ela ainda ri. — Não leva a nada a não ser para as ruínas. — Ela diz amarga.
— Você diz isso porque nunca foi amada. Por isso é assim. — Respondo e ela nega.
— Eu era amada por todos até sua mãe destruir a família, ficando grávida de um estrangeiro e trazendo você para a geração Baumann LeBlanc.
— Pode enfiar esse sobrenome no cú, eu não o uso. Nunca fiz questão de usa-lo. — Respondo e ela fica brava. — Meu nome é Elle Crystal Harper Blanderfool. — Falo com orgulho. — Carrego o nome de duas famílias lindas, não de uma empresa de moda antiga.
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𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐚𝐬 𝐎𝐧𝐝𝐚𝐬 - 𝐑𝐮𝐝𝐲 𝐏𝐚𝐧𝐤𝐨𝐰
FanfictionUm destino, duas pessoas. Um casal fictício, dois apaixonados. Um passado, vários medos que farão Elle Harper, interprete de Blue Hall em Outer Banks, ficar confusa pelo seu parceiro Rudy Pankow. Será que Elle enfim exergará Além Das Ondas? Trilogia...