𝐄𝐱𝐭𝐫𝐚: 𝟓

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𝐏𝐨𝐫 𝐇𝐨𝐥𝐥𝐲.

— 𝐔𝐦 𝐚𝐧𝐨 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬 —

Hoje foi minha primeira premiere como atriz e não podia estar mais feliz. Toda minha família e amigos vieram me ver e o evento estava lotado. Falei com diversos artistas incríveis e fui convidada para um monte de papéis novos. Nosso filme foi aclamado e as críticas foram muito boas. Fui extremamente elogiada pelo trabalho e vivi a noite dos sonho.

Mas faltava uma coisa.

Depois daquela noite, Callum me tratou como cliente durante o resto do nosso acordo e eu não conseguia me segurar, então todas as vezes eu quebrava nossa regra e tentava repetir tudo. Nós dormíamos juntos, saíamos pra jantar, contávamos nossos segredos, nos entregamos... Mas Callum não queria que eu me apaixonasse porque pensava que eu iria sofrer com a sua partida e eu neguei isso até o último dia. Até a última vez que o beijei e nunca mais o vi.

É tão estranho se passar 1 ano e você não saber mais nada sobre uma pessoa. É como se ele tivesse morrido... Porra, e se isso aconteceu? E se ele morreu?

— Holly?

Seco as lágrimas depressa e me viro vendo Matteo me encarando. Depois da premiere todos viemos pra casa comemorar mas eu havia vindo para os fundos respirar um pouco e tentar parar de pensar no único cara que finalmente senti algo.

— Oi! — disfarço minha tristeza e sorrio. O lado bom de ser atriz é disfarçar sempre que puder e nunca ser pega.

— Não pude ter a chance de te parabenizar por hoje. — ele sorri antes de se aproximar. — Genevieve está muito apegada a mim.

Sorrio.

Blue e Matteo tiveram Genny muito perto da gravidez de Emma e agora são as bebês mais adoradas da casa. Alice também, pois nossa família consegue mimar três garotinhas.

Matteo me abraça para me parabenizar e antes de se afastar ele coloca um papel em minha mão.

Olho para ele e a única coisa que ele faz é acenar com a cabeça e sair. Franzo a testa e abro o bilhetinho imediatamente.

| 11h ᥱsρᥱrᥱ ᥒᥱssᥱ mᥱsmo ᥣᥙgᥲr ᥱ ᥙm ᥴᥲrro ιrᥲ́ tᥱ bᥙsᥴᥲr. |

Curto e direto, mas meu coração martelava como se houvesse algo a mais escondido nas entrelinhas.

Olho para o relógio do celular e vejo que faltava duas horas. O nervosismo começa a subir e meu estômago dá aquele nó familiar. Eu confio em Matteo, claro, ele é da família e do FBI, sabe o que está fazendo e...

Então meus pensamentos correm pra ele. O homem no qual eu não deveria pensar mais. Faz tanto tempo que toda vez que penso em pedir informação pra Aaron e tio Rush eu apenas desisto... Ninguém poderia saber.

E se isso for sobre ele? E se Matteo sabe...

Sinto a ansiedade rasgar meu peito então subo para o meu quarto e dou a desculpa que estou cansada para que ninguém me chame.

(...)

O carro parou na minha frente, os faróis cortando o silêncio da rua deserta. Senti um arrepio percorrer minha espinha. Eu não deveria estar aqui. Não deveria sequer ter aceitado vir sem mais informações. Mas algo em mim — talvez a curiosidade, ou o desespero para entender o que estava acontecendo — me fez entrar no carro sem hesitar. O motorista não disse uma palavra. Nenhuma pergunta, nenhum sinal. Só me levou para longe, cada vez mais distante da cidade, do que eu conhecia.

𝐀𝐥𝐞́𝐦 𝐝𝐚𝐬 𝐎𝐧𝐝𝐚𝐬 - 𝐑𝐮𝐝𝐲 𝐏𝐚𝐧𝐤𝐨𝐰 Onde histórias criam vida. Descubra agora