Capítulo 12 - parte 2

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Rhysand

Mal tive algumas horas de sono. Eu parecia não conseguir manter as mãos longe de Ayla. Depois que a tomei pela primeira vez, foi quase impossível parar. Era como se naqueles quatrocentos anos separados, eu estivesse esperando por ela o tempo todo, ansiando pelo momento que finalmente nos reencontraríamos. 

Sempre soube que meu amor por Ayla não tinha desaparecido, estava apenas dormente, enterrado em uma parte de mim que eu não ousava vasculhar. Ouvi-la dizer que ainda me amava, que nunca deixou de amar, quebrou e refez meu coração. 

Tudo que eu sempre quis era que alguém me amasse pelo que era, não pelo meu poder, pela minha coroa. Ayla parecia ser a única a olhar por trás de tudo isso e realmente me enxergar. Mesmo agora, com minhas atitudes Sob a Montanha, agindo como um monstro para proteger minha família, ela viu além disso e conseguiu trazer à tona o melhor de mim. Aquela parte que eu achara que havia morrido há muito tempo.

Após dormir por algumas poucas horas, acordei com Ayla em meus braços, meu rosto enfiado em seus cabelos sedosos. Ela despertou quando a abracei por trás e gemeu preguiçosamente. Meu pau ficou imediatamente duro em sua bunda, e ela se virou para me encarar.

Ver seus olhos brilhando de desejo foi tudo que precisou para que eu me perdesse em sua boca, minhas mãos já viajando por seu corpo. Ela respondeu imediatamente, abrindo as pernas para que eu me acomodasse entre elas. 

Estávamos ambos ofegantes quando terminamos e, se eu não tivesse que partir logo, não teria parado tão cedo. Mas me obriguei a me levantar e tomar um banho, eu tinha que tirar o cheiro de Ayla de mim. Amarantha a mataria se soubesse que passou a noite comigo. 

Ayla me acompanhou e ficou encostada na porta do banheiro, me olhando enquanto eu me banhava. Seu cabelo ondulado estava maravilhosamente bagunçado, as pontas terminando em sua cintura bem definida. Deixei meus olhos percorrerem seu corpo nu. Ela tinha ganhado muitos músculos desde a última vez que nos vimos, provavelmente devido a seu treinamento com os rebeldes, e seu corpo pequeno estava ainda mais lindo que antes. Ela me olhava com um sorriso convencido no rosto.

Saí da banheira devagar, sem tentar esconder o que a visão do seu corpo nu provacava em mim. Parei a alguns centímetros dela, nossos corpos próximos, mas não ousei tocá-la. Eu sabia que perderia todo o controle se fizesse isso. 

- Não me olhe assim, sabe o que isso faz comigo - eu disse, e ela desviou os olhos da minha virilha e levantou o pescoço para me encarar.

- Só estava esperando você terminar o banho - ela bateu os cílios inocentemente - Não achei que se incomodaria se eu assistisse.

- Não me incomodo nem um pouco - minha boca se contorceu num sorriso malicioso - Sabe que, se pudesse, eu passaria o dia inteiro fodendo você naquela cama. E na banheira.


Ela colocou as mãos no meu peito, o olhar inocente já substituído por aquela fome insaciável, e me empurrou em direção à banheira.

- Não podemos - eu peguei seus pulsos e gentilmente os tirei do meu peito. Ela protestou baixinho - Você sabe que eu quero,  muito, mas não podemos. Não temos muito tempo, tenho que partir logo.


A menção à minha partida foi como um balde de água fria em nós. Ayla abaixou as mãos e deu um longo suspiro. 

- Tenha cuidado, Rhys - ela ficou na ponta dos pés e me abaixei para um beijo suave em seus lábios.

- As montanhas ilyrianas fazem parte de minhas terras, estarei mais seguro lá do que aqui - eu disse, observando enquanto ela entrava na banheira, sua pele escura fazendo contraste com as pedras claras das paredes.

Corte de Sangue e MedoOnde histórias criam vida. Descubra agora