A pequena híbrida se aproximou de seu pai. Fazia tempo que não passava um tempo com o mesmo. Era solitária ficar naquela grande casa.
— Pai. - A garotinha chama. O homem imponente, que bebia algum líquido alcoólico em sua taça, olhou para a pequena. Seu olhar a repreendia - Desculpa. Senhor. - Se corrigiu rapidamente. Naquele momento, Catra perdeu todo o interesse em ficar com ele e, logo, pensou em outra coisa para falar. - O senhor poderia me dar um violão?
O homem nada disse, apenas soltou uma risada que fez o corpo da pequena tremer. Levantou a mão e acariciou o rosto da híbrida, que ficou momentaneamente assustada. Assim que ele afastou a mão mandou ela voltar para o quarto.
Catra abaixou a cabeça e saiu sem fazer ruído algum.
Dias depois a pequena híbrida encontrou um violão novo do lado da porta de seu quarto. Animada, ela correu com o instrumento nos braços, pronta para aprender. Por conta própria.
Quando Catra tocava, seu pai a apreciava. E ela sabia disso.
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Catra sentiu seu pijama molhado pelo suor. Se passaram apenas algumas horas desde que tomou seus remédios e o efeito estava demorando para surgir.
Quando seu físico estava queimando em dor, como estava agora, sua mente ia parar em lugares escuros em sua alma. Lugares que ela não quer ir.
Em um suspiro longo, a gata toma forças para ficar sentada na cama. Mesmo não tendo dormido nada, ela tinha que levantar. E também esqueceu o chá na cozinha, e precisava daquele chá.
Inferno, praguejou.
Respirou fundo, sentindo todos os seus músculos arderem. Parecia que estavam batendo nela com um taco de basebol.
Se levantou, depois de minutos sentada esperando a dor passar, e foi em passos vagarosos até a cozinha, pegando a xícara e tomando um longo gole. Sentindo seu corpo aquecer e se acalmar. Quando tentou voltar para o quarto, seu corpo a traiu. Suas pernas cederam e ela quase foi parar de cara no chão. Não aguentandoo ficar mais em pé, a gata se sentou no chão da cozinha. Se recompondo.
Sua cabeça latejava. Ela sentiu sua cabeça zonza e sua visão escurecer.
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A híbrida comia seu café da manhã junto com seu pai. Apesar do silêncio ela sentia os olhares dele em si.
— Olhe só pra você… - O homem finalmente diz algo, a primeira coisa que ele disse para ela em dois dias - Esse seu cabelo desgrenhado, seus olhos diferentes. Temos que dar um jeito nisso, mocinha.
A pequena Catra passou a mão levemente em seu cabelo, tentando arrumar os fios.
— Eu gosto dos meus olhos… - Disse em um murmúrio, tocando no local abaixo dos olhos.
— Que seja. Mas o cabelo será consertado.
Catra não gostou do jeito que ele falou, como se ela fosse apenas um objeto. Na verdade, ela não gostava de nada que saísse da boca daquele homem. Mas tolerava porque ele ficou com ela quando mais ninguém queria.
— Vamos sair hoje. - O homem disse, sem olhar para a gatuna.
Catra não entendia porque ele era assim. Frio. Como se ela nem fosse sua filha. O que de fato não era. Foi adotada ainda quando era bebê, mas mesmo assim esperava mais interação do mais velho. Mais afeto.
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— Para! Chega. - Implorava, batendo levemente em sua própria cabeça - Mente idiota! - Catra tentava contornar as lembranças que pareciam batalhar contra ela. Parecia que sua própria mente estava contra ela. E estava.
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Salvação - Concluída
FanfictionA escuridão a envolvia. Ela não tinha tantas esperanças para seu futuro, mas ainda assim entrou na faculdade para fazer curso de Música. Um jeito de tirar a angústia de seu coração. O que ela não esperava era encontrar uma certa loira, que em pouco...