Between The Bars

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— Desembucha. - Mermista exigiu olhando para a sua amiga rosada.

— Depois eu falo o plano todo. Agora, só preciso que você vá atrás de Catra. Manda a real pra ela. Depois te ligo - Mermista concordou e se levantou, indo até a onde a felina foi.

Glimmer olhou para Adora e Tom. Era nítido o desespero de Adora. Ela foi até eles e pediu silenciosamente que Tom saísse. Ou ele saia, ou ele levava um tapa.

— O que eu fiz, Glimmer? - Adora perguntou assim que Tom saiu.

Glimmer suspirou, pensando no que dizer.

— Você não fez nada, Adora. N-

Adora a cortou.

— Exatamente, eu não fiz nada. Eu devia ter ido atrás dela. Falar o que sinto. Devia ter falado antes. - Os olhos azuis, agora sem brilho, ameaçavam lacrimejar. Nesse momento, Glimmer desejou que Bow estivesse ali. Ele saberia o que falar. Sempre soube.

— Não chora, Adora. - Glimmer a abraçou. - Tenho certeza que tudo se resolverá.

— Por que tem tanta certeza? - Adora inclinou o pescoço para poder olhar a melhor amiga.

— Porque eu tenho um plano. - Glimmer notou a expressão de esperança na loira e ficou aliviada. - E não, não irei contar para você. Olha, Mermista foi conversar com Catra. Você sabe que ela pode ser radical às vezes, mas Catra vai ficar bem.

Adora voltou a ficar triste.

— Eu queria estar conversando com Catra.

Glimmer suspirou novamente.

Ela não queria ter impedido Adora de seguir Catra, mas sabia que quando a felina fica daquele jeito instável o certo era esperar um pouco. Mesmo sabendo que Adora provavelmente conseguiria acalmar a outra, mas não podia arriscar que as duas se machucassem. Não quando elas estavam tão perto.

Glimmer se sentia em uma novela.

Ela só esperava que Mermista estivesse lidando bem com Catra.

•••

— Catra! - Mermista gritou fazendo a felina parar de andar abruptamente. - Pare de andar tão rápido, garota!

Elas estavam na entrada da faculdade. Algumas poucas pessoas passavam, mas não prestavam atenção nas duas.

A felina se virou e olhou com as sobrancelhas arqueadas para Mermista.

— O que foi, Mermista?

Mermista ficou perto da outra para, enfim, tomar fôlego e falar:

— "O que foi"? Por que saiu daquele jeito? Ah, fala a verdade. - Mermista teve que correr para poder alcançar a felina.

Catra a encarou com um olhar mortal, mas respondeu com calma.

— Tom. Não gosto dele.

— Era só isso? - Mermista analisou Catra.

— E Adora…

Mermista a olhou sugestiva.

— Saquei. Agora entendi.

— E você pode falar o que entendeu? Sabe, eu ainda não tenho uma bola de cristal.

Mermista ignorou completamente o humor ácido da outra.

— Você não gosta do Tom porque ele tá querendo a Adora.

— Mas que porr-

— Oh, a língua. - Mermista a repreendeu. - Não adianta esconder, Catra. Todos já sabem do seu abismo pela Adora. - Catra arregalou os olhos. - Capaz que o planeta Terra sabe.

Salvação - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora