Amor

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O resto da semana se passou rapidamente. Catra, como tinha avisado, sua professora louca começou a ensaiar todos os dias antes do baile. A morena já sabia a letra até de trás pra frente.

Adora, como sempre, foi acompanhar sua namorada nos ensaios. E antes de voltar para casa, as duas iam para a sorveteria passar tempo. A loira fazia questão de esperar os sorvetes na recepção só para não ser atendida por Huntara de novo. Não queria deixar a fera que chama de amor irritada.

A felina já não tinha crises fortes, que maltratava o seu corpo, mas ainda assim ela tem algumas dores fortes pelo corpo. Adora começou a praticar um exercício de respiração para controlar toda a sua ansiedade, e estava sendo de grande ajuda.

E foi na noite de sexta-feira que Catra perguntou o que Adora queria saber há dias.

— O que vamos usar para o baile? – A morena perguntou assim que entrou na ala da cozinha.

Adora parou de cortar as frutas no mesmo segundo, em parte para dar atenção à Catra e em outra por medo de uma tragédia acontecer. Já bastava a torradeira e o molho.

— Estava pensando em ir com o vestido que minha mãe me deu. – Adora respondeu sorrindo. Era o vestido que sua mãe falecida lhe deu. Ela não queria ir com o presente que sua outra mãe a entregou. Não porque não gostava dos presentes dela, só não gostou do presente. E também queria estar próxima, de algum modo, de sua falecida mãe em um momento especial.

— Tenho certeza que você ficará esplêndida. – Catra sorriu torto. Ela era uma decepção com flertes.

Adora sorriu de canto.

— Por que tanta certeza?

— Porque você é esplêndida com ou sem ele, Adora. – Mas ela era uma ótima provocadora. Adora corou forte depois dessa, ela conseguiu sentir seu rosto queimar. – Eu não tenho com o que ir. – Catra falou depois de algum tempo, queria tirar a loira do seu gay panic.

— Ah, temo que tenho uma opção para você… – Adora falou rouca, se aproximando da morena.





Sábado à tarde, as duas já estavam se arrumando em seus quartos.

Catra não dormia em sua cama desde sua primeira vez com Adora. Ela nem considerava aquela como sua cama. Ela ia em seu apartamento apenas para pegar seu violão, comidas que Adora não tinha e seus remédios. Depois de contar sobre sua doença, a maior pediu para ela trazer os remédios para seu apartamento. O que Catra fez depois de vários argumentos de Adora. 

A felina pegou a caixa branca que Adora tinha lhe dado. Era o presente que a mãe dela a deu, mas a loira disse que não era o estilo dela.

— Wow… - Catra exclamou ao abrir a caixa. – Adora vai pirar.



Adora esperava sua acompanhante, já pronta, no corredor. Ela arrumou pela quinta vez, em menos de dez segundos, o seu vestido de cor vermelha. Ela estava mais do que ansiosa para ir. Já tinha mandado uma mensagem para Catra de que estava pronta, agora era só esperar.

Suas mãos não paravam de suar frio enquanto esperava. Até tentou o exercício de respiração que aprendeu, mas falhou miseravelmente.

Seu coração bateu mais rápido ao ouvir o som da porta do apê de Catra se abrir. E ele errou uma batida quando ela olhou para a sua amada com o terno vinho com algumas partes em rosa.

— Eu te disse que você ia ficar esplêndida. – Catra a elogiou. Seu sorriso largo, com as presas nítidas, deixava o elogio genuíno.

— E eu sabia que você ia ficar bem de terno. – Adora rebateu o elogio. Se aproximou da morena para beijá-la.







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