Sorberts

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Catra guiou Adora até uma rua tranquila. Elas andaram por alguns minutos até chegarem na sorveteria, por sorte era próximo do prédio. Adora assim que entrou ficou encantada com o lugar, era simples em suas cores brancas mesclando com outros tons claros. O cheiro de baunilha estava impregnado em cada canto.

Catra a olhava com expectativa, um sorriso enfeitava seu rosto revelando as presas.

— É lindo! — Adora exclamou quando passaram pela porta. O sino pendurado na mesma tilintou. Havia algumas mesas espalhadas pelo local, as que tinham mais pessoas eram as perto das janelas.

Catra foi animada até uma mesa de dois lugares no fundo e esperou Adora chegar para sentar. A loira ainda olhava ao redor com fascínio, mas notou que Catra estava fofa até demais naquele dia. Isso era novo.

Assim que Adora sentou, dois cardápios surgiram na mesa. O pessoal era rápido por ali.

Com o cardápio em mãos, Adora não segurou a vontade de olhar para Catra. Pensou que a morena estaria fazendo um discurso de cada tipo de sorvete pela sua animação durante o caminho, mas o que encontrou foi uma feição triste.

Catra olhava para o cardápio com pesar.

Adora até esqueceu o que estava fazendo ao olhar para a outra preocupada.

— Você tá bem? — Perguntou. Catra desviou os olhos do cardápio para a olhar.

— Claro que estou. Por que?

— Você tá... sei lá... diferente? — Adora tentou achar uma palavra amigável invés de falar que ela está estranha.

Catra demorou para responder.

— São só algumas coisas, não se preocupe.

— Ok. — Depois dessa resposta evasiva Adora nem vai tentar de novo.

Ela voltou a olhar o cardápio, ignorando uma sensação estranha que passava por seu corpo. Resolveu escolher logo um sabor, mas eram tantos.

— O que vocês vão querer? — Um funcionário apareceu do nada ao lado da mesa. Adora segurou um grito na garganta, só naquele dia já foram dois sustos.

— Vou querer um Sorbets de banana. — Catra pediu.

Sorbets? Adora questionou consigo. Ela não fazia ideia de que tipo era aquele.

— E eu um Gelato Italiano. — Adora pediu rápido ao perceber que o rapaz a esperava. — Obrigada.

Ele acenou anotando os pedidos em seu caderninho e saiu levando os cardápios.

Adora olhou o ambiente novamente, desta vez estranhando a nova energia estranha que ficou instalada.

— Sorbets? — Adora resolveu tirar a dúvida.

Catra sorriu em sua direção, a loira sem perceber começou a relaxar.

— É um sorvete de frutas frescas. Você não vai querer porque não tem gorduras. — Adora não conseguiu segurar a cara de nojo que saiu. — Você é tão idiota.

Para outras pessoas isso seria um insulto, mas para elas era uma piada interna. Depois de tanto desastre e vergonha alheia que Adora passou nesse tempo, Catra começou a chamá-la assim. Já que Catra estava sempre presente para ver a desgraça da outra.

O rapaz voltou trazendo os sorvetes. Ela e Catra ficaram naquela sorveteria por duas horas inteiras, conversando, mesmo com os sorvetes já terminados. Só voltando para o prédio depois de olhar o relógio, eram 14:13.

— Temos que voltar. — Adora disse triste, não queria ter que enfiar a cara nos estudos tão cedo. E Catra percebeu a infelicidade da maior.

— Mas nem pense que você vai se livrar assim tão rápido de mim. — Ela riu ao passar veloz pela loira e ir no caixa pagar a conta, sem deixar chance para Adora protestar. Assim que voltou continuou o assunto ignorando completamente a cara de tacho da outra. — Podemos assistir um filme à noite. — Ela sugere quando Adora volta a acompanhá-la para fora, ainda com a cara de tacho.

Salvação - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora