Game

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— Nossa! Fiquei sem fôlego. - Adora sussurrou, com as bochechas coradas.

— Deixa de ser tapada. - Catra, como sempre, delicada.

Adora revirou os olhos, nem se importava mais com as "grosserias" de Catra.

Depois do primeiro beijo do dia, no qual teve um forte gosto de morango, houve mais outros dois. As duas simplesmente não estavam conseguindo se controlar perto uma da outra. Catra sentia uma necessidade nova de estar sempre em contato com Adora e a loira sempre retribuía, igualmente necessitada.

Adora olhou para Catra, vendo as duas orbes de cores diferentes dilatadas lhe encarando. Adora admitia para si mesma que era lerda, mas não burra. Ela sabia o que essa necessidade era e duvidava que Catra não sabia, a felina não era uma santa.

A novidade é sentir tal necessidade. Adora pensava que ia ficar sozinha no quesito romântico, já que ela não queria os ideais que sua mãe tanto persistia.

Sua mãe sempre perguntava se ela já conheceu algum garoto interessante, seja no Ensino Médio ou na faculdade. A mãe dela comentava tanto e persistia tanto, que até hoje Adora tem medo só de imaginar como será contar a verdade. Se um dia for contar.

Isso sem mencionar que Adora mal tinha tempo para a vida social, imagina romântica. Ela ficava trancafiada em seu quarto, estudando.

Felizmente, isso mudou depois que saiu de casa e foi morar nesse apartamento. Onde não só tinha vida social, como também romântica. E, acima de tudo, ela tinha uma vida.

Adora voltou para a realidade com um toque sutil em sua mão, ela focou o olhar em Catra.

A morena estava fazendo seu hobbie favorito: admirar Adora. Até perceber os olhos azuis tombarem e perderem seu brilho. Catra deduziu que a outra estava lembrando do recente pesadelo e, rapidamente, tentou confortá-la.

— Você... hm... quer falar sobre o pesadelo?

Lá estava a pergunta que martelava na cabeça da felina desde que Adora acordou desesperada. Ela queria saber o que a outra sonhou e estar lá, a abraçando, durante o desabafo. Sua preocupação - e curiosidade - gritavam dentro de si. 

— Eu... hã... não agora. - Catra percebeu Adora mexer no cabelo e sabia que a loira estava desconfortável com o assunto. E a felina ia respeitar o espaço de Adora.

— Okay. - Catra pensou rapidamente em como melhorar o humor da sua namorada? Ficante permanente? Ela bufou internamente com isso, não sabia como trazer esse assunto à tona. - Já sei como podemos passar nossa preciosa tarde de domingo.

— Mas ainda é manhã. - Adora lembrou, confusa.

— Por enquanto. - Catra sorriu sugestiva. - Se arruma aí, depois me encontra no meu apê. - Dito isso, Catra se levantou e, vagarosamente, andou até a porta para sair.

Primeiro, Adora ficou confusa enquanto observava a porta se fechar. Segundo, pensou em várias coisas inapropriadas. E, depois, batia no próprio braço como castigo em pensar em tais coisas.

Ela foi até o quarto para trocar o pijama para uma roupa mais casual, já que em um pulo ela vai estar no apartamento de Catra. As vantagens de morar perto.

Enquanto procurava um shorts confortável, Adora começou a imaginar a reação de seus dois melhores amigos ao saberem que o plano deles deu certo.

Eles vão pirar, Adora sorriu.

Assim que terminou de colocar o shorts, ela foi até o celular para chamar Bow e Glimmer. Talvez os dois a xingam por ligar na manhã de um domingo.

Salvação - Concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora