Ali, em cima do palco, a mulher tinha todos os olhos em si, seu charme natural e a sensualidade que emanava por seus poros, conquistara a todos. E em algum lugar por entre as cortinas, curiosos olhos acompanhavam cada movimento, ansiosos por mais, a...
Amores, antes de mais nada queria deixar uma coisa com vocês que já deveria ter feito há muito tempo. Essa é a Lucy:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Boa leitura!!!
NARRADOR POV
A noite que se passou fora, sem dúvidas, a melhor noite de sono que Dinah teve em um longo período de tempo. Não só por passá-la ao lado da mulher pela qual se apaixonou, mas também por finalmente conseguir dormir por completo, sem interrupções repentinas por pensamentos que simplesmente ocorriam à sua mente e perduravam durante a madrugada inteira. E, ultimamente, a maioria deles era referente à Normani. Contudo, a loira já sofria desse mal de insônia há algum tempo, e o principal responsável por isso era o seu agora ex-marido, mas ao contrário da mulher que dormia como um anjo ao seu lado esquerdo, não era de uma maneira positiva. Antes de Normani chegar às vidas do até então casal, coisas ditas ou feitas por Valentin afetavam Dinah psicologicamente a ponto de fazê-la passar grande parte da noite em claro, quando não era a noite inteira. Com o passar do tempo já não a afetava tanto, mas ela ainda relutava para conseguir pregar os olhos, tamanha era a sua insegurança em relação a tudo e a todos.
Depois de Normani, o motivo da insônia de Dinah mudara, porém Valentin permanecia nele. A possibilidade de o dançarino descobrir o que elas tinham a apavorava, pois isso acarretaria na vida dela e na carreira de Normani arruinadas. Pensamentos sobre a pessoa de Normani em si e a ideia de viver uma aventura com a cantora também a rondavam, fazendo todo esse processo ficar um pouco menos estressante ao pensar nos bons momentos que haviam compartilhado juntas. No entanto, a questão de ficar ou sair daquele lugar a atormentava igualmente, a verdade era que estava aguentando tudo aquilo por Lucy.
Até a metade daquela segunda à noite, por mais que já estivesse quase certa do que queria, Dinah se encontrava dividida entre dois lados.
Permanecer casada com Valentin e passar o resto de sua vida fadada à infelicidade e ao desgaste físico e mental apenas pelo bem-estar de uma criança de oito anos ou largar tudo para recomeçar sua vida do jeito que gostaria, e se tivesse sorte, a possibilidade de um futuro com Normani, a quem amava de verdade?
Esse dilema permaneceu durante muito tempo na cabeça da polinésia, porém, agora já não teria de se preocupar mais com isso. Já escolhera seu lado, e tanto sua mente quanto seu coração lhe diziam que havia feito a escolha certa. Agora estava livre em todos os sentidos. Livre para viver do jeito que gosta sem precisar manter nenhum tipo de aparência, sair quando quiser, ter suas amizades sem implicâncias e julgamentos, e principalmente, amar quem quisesse amar. Fazia algumas poucas horas que Dinah estava experimentando do doce sabor da liberdade aos pouquinhos, e sensação melhor não havia. Agora já sentada na cama, seus olhos se voltaram de maneira involuntária para sua mão esquerda e percebeu que a sua aliança de casada ainda estava lá. Dinah não pensou duas vezes ao tirá-la com um pouco de força, sentindo um alívio imensurável quando não sentiu mais o objeto em seu dedo anelar. Era como se um peso tivesse saído de suas costas, como se um capítulo de sua história tivesse sido ali encerrado para dar início a outro, que prometia ser melhor. Claro, ainda precisava oficializar o divórcio com papeladas, assinaturas e tudo o mais, mas deixaria isso para o decorrer do dia, já que ela não pretendia tardar nesse processo. Agora, só lhe restava aproveitar aqueles poucos minutos que sobravam antes de ter que partir para o seu trabalho e desfrutar da bela visão que era Normani dormindo. Dinah direcionou seu olhar para ela, que tinha os cabelos cacheados levemente bagunçados, com uma mecha solitária caindo sobre seus olhos. Seus machucados ainda estavam ali, porém, felizmente, já quase não se viam mais. Sua boca estava entreaberta, e ela ressonava baixinho. Dinah não pôde evitar sorrir com a cena e afastou aquela mecha do rosto de Normani, aproveitando para fazer um leve e rápido carinho em sua bochecha com o polegar, não resistira à tentação. Um suspiro leve saiu de seu corpo ao lembrar-se da noite passada, onde ela explicara com detalhes o que fez com Arin, a pedido de Normani, e isso rendeu risadas e algumas repreensões brincalhonas da parte da negra, que no fundo ficou impressionada com as habilidades de luta que Dinah dissera ter. Dinah também relatou o que a fez sair de casa àquela hora da noite e Normani não pôde deixar de ficar internamente feliz com a decisão que a loira havia tomado, pois se tudo corresse bem, aquilo poderia significar o pontapé inicial para moldar um possível relacionamento. Após isso, conversaram banalidades e trocaram alguns beijos suaves e carícias até que finalmente caíssem nos braços de Morfeu.
