O começo e o adeus - A garota corvinal, livro 2

Os resultados

-Bridgette saia do meu quarto! – Carol acordou com a voz de Natasha, sua prima, gritando com a irmã mais nova – Quantas vezes já disse para não ler minha correspondência?!

A garota se levantou e abriu nervosa a porta, indo em direção as primas. Bridgette, uma menina de recém completados 11 anos de cabelos escuros, havia sido enxotada do quarto para o corredor, e discutia com Natasha, sua irmã mais velha de cabelos extremamente loiros, que estava de pijamas gritando com a irmã.

-Que gritaria é essa logo de manhã? – Carol entra no meio da discussão e as duas começam a falar ao mesmo tempo – Uma de cada vez!

-Bridgette entrou no meu quarto e começou a ler minha correspondência, de novo – respondeu Natasha nervosa – Quando eu já tinha dito para ela mais de uma vez que não era para ler minha correspondência pessoal!

-Eu só vim entregar a sua carta, mal agradecida – Bridgette rebate – E ela sem querer abriu...

-E eu vou sem querer esfolar sua cara! – Natasha vai para cima da irmã mais nova que se esconde atrás de Caroline.

-Parem vocês duas! É o verão inteiro essa discussão infernal! – ela grita e as duas param de tentar se bater – Bridgette você não pode ler as cartas de outra pessoa, isso é errado! E não me diga que é porque você é curiosa, isso está passando já para ser enxerida. Agora parem de brigar e me deixem tomar café em paz.

Natasha fecha a porta do quarto com raiva, e as duas outras meninas descem juntas as escadas.

-Ela está nervosa porque a carta era do namoradinho dela – Bridgette fala enquanto desciam.

-Namoradinho? – a outra pergunta sem entender.

-É, um tal de Harold Dingle, eles estão se correspondendo o verão todo – Carol olha feio para a prima mais nova – Eu prometo não ler mais a correspondência de Natasha, é que não pude resistir.

-Você gosta é de provocar Natasha – Caroline responde e elas vão para a cozinha, onde o resto da família estava sentada já tomando café. Roger, o primo da mesma idade de Caroline, tio Henry, o irmão do pai de Caroline, e tia Agatha, loiríssima perto do fogão fritando mais bacon – Bom dia.

-Bom dia querida – Agatha fala para a sobrinha e procura pela filha mais velha – Natasha não vai vir tomar café?

-Não, ela está sem fome – Bridgette fala antes que Caroline pudesse contar o que aconteceu, para não tomar bronca dos pais, e se senta ao lado do pai. Carol vai para o lugar ao lado de Roger.

-Acho melhor você ir chamar Natasha, querida, para darmos a notícia para todos eles juntos – Henry diz para a esposa, e os primos se entreolham surpresos.

-Por favor não me digam que vão ter outro bebê, quando Bridgette nasceu vocês disseram a mesma coisa! – Roger diz e seus pais dão risada.

-Não, é uma coisa mais divertida – responde seu pai enquanto Agatha subiu para chamar Natasha, que desceu com uma expressão mais tranquila do que Caroline havia a deixada, e ela desconfiava que o conteúdo da carta do tal Harold havia contribuído – Bom, já que estão todos aqui posso dar as notícias, temos uma boa e uma ruim. A ruim, é que esse ano não iremos comemorar seu aniversário Carol.

-Por quê? – Carol pergunta, seus tios nunca tinham deixado de comemorar seu aniversário, teria que ser um motivo bem grande para que deixassem agora.

-O que nos leva a boa notícia – Henry diz e faz uma pausa dramática, o que deixa as crianças ansiosas – Nós não vamos comemorar o seu aniversário, porque vamos assistir a final da Copa Mundial de Quadribol!