O Cálice de Fogo

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Alguns alunos da Beauxbatons estavam sentados à mesa da Corvinal, e três rapazes se aproximaram de Carol quando ela se sentou com Roger e Chloe. Os três tinham os cabelos cor de mel, e dois tinham os olhos castanhos claros, mas o terceiro tinha-os da cor esverdeada e o cabelo mais loiro.

-Oi, você é Caroline? – um deles falou com um pesado sotaque italiano – Agnes pediu para que falássemos com você, já que não vamos poder nos sentar com ela essa noite...

-Vocês são os primos dela! – exclamou Caroline e eles confirmaram, depois ela estendeu a mão para eles – Sou eu mesma, podem me chamar de Carol! Esses são Roger, meu primo e Chloe.

-Sou Lorenzo – o que tinha falado primeiro se apresentou e depois os outros dois o acompanharam, se sentando de frente para os três, se soltando mais.

-Depois vamos poder transitar entre as mesas, não existe muita formalidade sobre isso aqui – explicou Chloe para Alessandro, que olhava na direção da mesa da Grifinória, e acenava para Agnes.

Depois que todos os estudantes tinham entrado no salão e sentado às mesas das Casas, vieram os professores, que se dirigiram à mesa principal e se sentaram. Os últimos da fila foram o Prof. Dumbledore, o Prof. Karkaroff e Madame Maxime. Quando a diretora apareceu, os alunos da Beauxbatons se levantaram imediatamente, e Chloe olhou para Carol sem entender, mas ela só deu de ombros. Alguns alunos de Hogwarts riram, a delegação de Beauxbatons não pareceu se constranger nem um pouco e não tornou se sentar até que Madame Maxime estivesse acomodada do lado esquerdo de Dumbledore. Este, porém, continuou em pé e o Salão Principal ficou silencioso.

-Boa-noite, senhoras e senhores, fantasmas e, muito especialmente, hóspedes – disse Dumbledore sorrindo para os alunos estrangeiros – Tenho o prazer de dar as boas-vindas a todos. Espero e confio que sua estada aqui seja confortável e prazerosa.

Uma das garotas de Beauxbatons, uma de cabelos loiros prateados, ainda segurando o xale na cabeça, sentada algumas pessoas de distância dos garotos, deu uma inconfundível risadinha de zombaria, fazendo Chloe e Carol estreitarem os olhos para ela.

-O torneio será oficialmente aberto no fim do banquete – disse Dumbledore. – Agora convido todos a comer, beber e se fazer em casa!

As travessas diante deles se encheram de comida como de costume. Havia uma variedade de pratos que Carol nunca tinha visto em Hogwarts, e entendeu que eram pratos estrangeiros, correspondentes dos países das escolas visitantes.

Ela se serviu de tudo um pouco, querendo experimentar o máximo que conseguia das culturas culinárias a sua frente, e depois de comer foi com Chloe e os primos de Agnes até a mesa da Grifinória, onde Agnes abraçou Lorenzo, Fabrizio e Alessandro feliz, falando italiano muito rápido que as duas garotas não conseguiram acompanhar e se sentaram ao lado dos gêmeos.

De alguma forma o salão parecia muito mais cheio do que de costume, ainda que só houvesse umas vinte pessoas a mais ali; talvez porque os uniformes de cores diferentes se destacassem tão claramente contra o preto das vestes de Hogwarts. Agora que tinham despido as peles, os alunos da Durmstrang deixavam ver que usavam vestes de um intenso vermelho-sangue.

-Pessoal, esses são meus primos: Lorenzo, Alessandro e Fabrizio – disse Agnes, apresentando os meninos para aqueles que ainda não os conheciam, apontando para cada um, respectivamente – E esses são meus amigos!

-Vocês são os gêmeos Weasley? Nossa, ouvimos muito falar sobre vocês – Fabrizio disse para os gêmeos, que encheram o peito orgulhosos, e Carol achou graça.

-Só coisas boas, imagino – Jorge disse com um sorriso convencido e voltou-se para Caroline que o encarava – O que foi?

-Nada, só que você ficou muito parecido com Percy de repente – ela disse e riu quando o garoto fechou a cara.

O começo e o adeus - A garota corvinal, livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora