A segunda tarefa

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As primeiras aulas de aparatação no começo de fevereiro não foram as melhores que Caroline já tinha se saído. Com as cargas dos deveres cada vez mais pesados, as provas finais chegando, além de ajudar os amigos da Beauxbatons com os estudos (Bianca tinha parado de xingar em italiano quando não entendia alguma coisa, isso já era um bom começo), os seus pensamentos estavam distantes e parecia que não tinha mais espaço no seu cérebro para mais essa aula.

-Bom dia – disse o bruxo do Ministério, quando todos os alunos tinham chegado para a aula em um sábado de manhã e os Chefes das Casas pediram silêncio – Meu nome é Wilkie Twycross e eu serei seu Instrutor de Aparatar do Ministério durante as próximas doze semanas. Eu espero poder prepará-los para o seu teste de Aparatar neste período em algum tempo, algum de vocês estarão prontos para fazer a sua prova.

-Como vocês talvez saibam, normalmente é impossível aparatar ou desaparatar em Hogwarts. O diretor suspendeu este encantamento, apenas no Salão Principal, por uma hora, para que vocês possam praticar. Aproveito para enfatizar que não poderão aparatar fora das paredes deste Salão, e que seria impudente tentar.

"Gostaria agora que cada um se posicionasse deixando um metro de espaço livre à frente."

Houve um grande empurra-empurra durante o qual as pessoas se separaram, colidiram e mandaram os colegas dar distância.

Twycross acenou a varinha. Instantaneamente apareceram aros antiquados de madeira no chão em frente a cada estudante.

-É importante lembrar dos três Ds quando aparatamos! Destinação, Determinação e Deliberação!

"Primeiro: concentrem a mente na destinação desejada", disse Twycross. "No caso, o interior do seu aro. Agora, façam o favor de se concentrar nesta destinação."

Caroline fixou o olhar no arco na sua frente, tentando esvaziar a mente e pensar só naquele círculo empoeirado.

-Segundo – disse Twycross -, focalizem a sua determinação de ocupar o espaço visualizado! Deixe este desejo fluir da mente para todas as partículas do seu corpo!

-Passo três – continuou - , e somente quando eu der a ordem... girem o corpo, sentindo-o penetrar o vácuo, mexendo-se com deliberação! Quando eu mandar... um... dois... TRÊS!

Carol girou e sentiu que saiu um pouco do lugar, mas nem chegou perto de parar dentro de seu arco, na verdade caiu com tudo de costas, fazendo Jorge, que estava do seu lado, gargalhar alto. Olhou ao redor e viu que, felizmente, não tinha sido a única, o salão estava cheio de pessoas cambaleantes.

-Cala a boca, Weasley – ela falou lhe dando um empurrãozinho depois de se levantar e voltar para a posição inicial.

-Não faz mal, não faz mal – disse secamente Twycross, que não parecia ter esperado nada melhor – Acertem os seus aros, por favor, e voltem à posição inicial...

A segunda tentativa não foi melhor que a primeira. A terceira foi igualmente ruim. Caroline continuou caindo bastante, fazendo com que Jorge tivesse um acesso de risos, até a hora que ela conseguiu aparatar corretamente para dentro do seu arco e virou-se para ele que estava estatelado no chão e disse:

-Quem está rindo agora, hein?

Uma hora depois, nem todos os alunos tiveram o mesmo sucesso em parar dentro do seu arco, e saíram bem decepcionados do Salão Principal depois que o instrutor mandou eles não se esquecerem dos três Ds.

-Eu sabia que era uma coisa difícil, mas isso é uma tortura! – Agnes reclamou passando a mão pelo ombro que estava dolorido, porque tinha caído em cima dele várias vezes.

O começo e o adeus - A garota corvinal, livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora