O artigo de Rita Skeeter

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Outra comemoração aconteceu na Grifinória, tinha sido muito parecida com a anterior referente a primeira tarefa, até mesmo a decoração, e dessa vez estavam muito ansiosos para saberem como tinha sido dentro do lago, portanto, encurralaram Harry assim que ele pisou na sala comunal, o arrastando junto com Rony e Hermione para um sofá, os fazendo contar tudo.

Harry passou todos os detalhes sobre a canção do ovo, que dizia para salvar o que lhes tinha sido tirado em uma hora ou senão eles apodreceriam para sempre no lago, e que ele tinha levado essa parte a sério demais, por isso tinha levado a irmã de Fleur junto com Rony.

-Bom, pelo menos não foi um idiota total, Harry! Você tem fibra moral! – disse Fred apertando os ombros do garoto, referindo-se as palavras de Bagman, e todos deram risadas.

-Então quer dizer que Hermione é o que Krum iria sentir mais falta? – Jorge, que estava em pé abraçado com Caroline, disse para Hermione afim de provocar a garota, ganhando um beliscão da namorada.

-Cala a boca, Jorge – foi só o que Hermione respondeu, antes de se levantar e ir para o seu quarto, dizendo que queria tomar um banho quente.

-Vocês não dão um tempo para ela, não é mesmo? – Carol disse para Jorge baixinho, enquanto Rony contava animado sobre a sua versão dos acontecimentos do lago.

-Ela vai ficar bem, melhor ser a gente do que as outras pessoas do castelo – ele respondeu e voltou o olhar para o irmão mais novo – Venha, quero te levar para um lugar.

-Mas e Rony? – ela perguntou antes de seguir o namorado.

-Você vai ouvir essa história um milhão de vezes, te prometo – Jorge respondeu e puxou a namorada pela mão até uma escada, que Carol logo percebeu que levava para os dormitórios e começou a ficar nervosa.

Jorge a levou até o seu quarto, que dividia com Fred, Lino e mais outros colegas do sexto ano. Era bem parecido com o quarto de Carol na Corvinal, apesar do quarto da Grifinória ser todo em madeira mais escura, e as cores predominantes serem vermelho e dourado ao invés de azul e bronze, era um lugar bem aconchegante. Foi até a janela e olhou para os terrenos da escola, a posição da torre dava para o Salgueiro Lutador. Depois voltou para o namorado que tinha se sentado em sua cama, na cômoda ao lado Carol viu uma foto de Jorge com Fred, eles eram mais novos e tinham os dentes da frente faltando, faziam caretas e chifrinhos um no outro, e a outra foto era uma dele com Caroline, que tinha sido tirada a pouco tempo nos terrenos da escola.

-Eu gosto muito dessa foto – ela disse pegando o porta retrato e olhando para os dois que estavam sorridentes, depois quando a Carol da fotografia ria quando Jorge a beijava de surpresa na bochecha – Meus pais têm uma foto muito parecida, acho que foi tirada até no mesmo lugar.

-Eles sentem muito orgulho da bruxa que você se tornou Carol, pode ter certeza – ele disse a abraçando e olhando para os dois na foto, percebendo que o olhar da namorada ficou vago.

-Mas eu não disse nada.

-Mas estava pensando – Jorge respondeu – Te conheço melhor do que você imagina, Caroline.

Ela sorriu e colocou a foto de volta no lugar, e depois se levanta.

-Onde pensa que vai? – Jorge pergunta a puxando de volta.

-Para a festa? – ela diz como se fosse uma coisa óbvia – Não quero que nos encontre aqui, algum dos seus colegas, não sei.

-Eles só vão voltar mais tarde, confie em mim – ele diz a puxando para seu colo – Estamos completamente sozinhos.

[...]

Jorge tinha razão, Rony contou a sua versão sobre os acontecimentos da segunda tarefa o que pareciam ser mais de dez vezes. A princípio, Rony narrava o que parecia ter sido a verdade, pelo menos batia com a história de Hermione – Dumbledore havia mergulhado os reféns em um sono encantado na sala da Profa. McGonagall, depois de garantir a todos que estariam seguros e que despertariam quando voltassem à superfície da água. Uma semana mais tarde, no entanto, Rony já estava contando uma história emocionante de sequestro, em que ele lutara sozinho contra cinquenta sereianos armados até os dentes que precisaram dominá-lo a pancada antes de amarrá-lo.

O começo e o adeus - A garota corvinal, livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora