As escolas estrangeiras

86 7 3
                                    


Setembro passou tranquilamente, e Caroline não ficou mais doente depois do primeiro dia de aula, tendo superado aquilo muito bem. Os deveres de casa ficavam cada vez mais difíceis, principalmente os de Poções por agora estar aprendendo poções muito avançadas; as vezes ela ficava desanimada, pensando se realmente um dia conseguiria se tornar auror, pensava em desistir, mas sempre voltava o pensamento para seus pais, queria que eles se orgulhassem dela.

Um dia, voltando da biblioteca encontrou-se com Cedrico no corredor, e sorriu sem graça. Era a primeira vez que conversavam depois da Copa Mundial de Quadribol.

-Oi – ela cumprimentou tímida.

-Oi – Cedrico disse com um sorriso, ele tinha ficado mais forte nas férias – Como estão as coisas no sexto ano?

-Boas, com menos matérias, mas ainda assim difíceis. – Carol se encosta na parede, com os livros apertados em seu peito – E você? Como está?

-Bem, ótimo na verdade – ele olha para o corredor e sorri de leve – Nem acredito que é meu último ano nesse lugar, quero aproveitar o máximo tudo.

-Pois é, ano que vem estará trabalhando no Ministério...

-Sabe, Carol, eu sinto sua falta – Cedrico fala parecendo um pouco desconfortável, mas ainda assim olha nos olhos dela – Sinto sua falta como amiga, das conversas que tínhamos nesse corredor. Você acha que conseguimos ser amigos de novo?

Carol corou ao olhar para o corredor e se lembrar de quando namorava com o garoto. Passavam tardes ali, conversando nos intervalos das aulas, se escondendo em alguma sala vazia...

-Eu também sinto sua falta – ela responde depois de alguns segundos pensando no que dizer – É que eu me sinto envergonhada ao pensar como tudo terminou entre a gente, entende?

-Carol, eu disse que já superei isso, e é verdade. Por favor, só quero voltar a ser seu amigo de novo.

-Tudo bem, Diggory – Carol solta um suspiro e sorri, estendendo a mão para ele – Amigos de novo.

-Amigos de novo – ele sorri e aperta a mão de Caroline.

Sobre Jorge, Caroline e ele não ficaram juntos depois da Toca, o que a fez ficar insegura, pensar que talvez ele tivesse cansado dela ou que já tivesse conseguido o que queria. Numa noite, na sala comunal da Corvinal, ela comentou isso com Chloe, a única para quem tinha contado o que acontecera na Toca durante as últimas semanas de férias.

-Carol, acho que você está se preocupando demais com isso – ela disse enquanto escrevia uma carta e voltou seus olhos claros para a amiga sentada no sofá perto dela – Ele provavelmente está inseguro, não sabe qual o próximo passo que tem que dar com você, porque convenhamos, você é bem intimidadora.

-Eu não sou intimidadora! – Caroline responde cruzando os braços – Só fico com essa sensação de que fui usada, e odeio essa sensação.

-Carol, você não foi usada! – Chloe solta a pena e vira-se para Carol, pegando suas mãos – Ele é louco por você! Você ficou doente um dia e ele quase morreu de preocupação, então, relaxe, ele só não sabe como dar o próximo passo com você. E aparentemente nem você sabe qual o próximo passo que quer dar, então, se acalme.

As aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas também estavam ficando difíceis, mesmo que ela tivesse superado a visão da maldição Cruciatus, precisava se esforçar para ficar calma quando o professor a mencionava. E, para a surpresa dos alunos, o Prof. Moody disse que iria lançar a Maldição Imperius sobre cada um deles, a fim de demonstrar o seu poder e verificar se conseguiam resistir aos seus efeitos.

O começo e o adeus - A garota corvinal, livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora