11 - Um pequeno mal estar

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Ouço som das celas do calabouço abrindo e fechando , minha cabeça parece um pouco bagunçada e ela lateja , meus olhos aos poucos vão se abrindo , olho para o lado e vejo pés ... quatro pés, logo em seguida vou me sentando devagar , meu corpo está mole e pesado , a cabeça dói mais forte e então eu rapidamente me encolho sentada e coloco as mãos na cabeça , fico uns minutos assim enquanto ouço conversas , parece que é Valentim que está falando , então levanto minha cabeça ainda doendo e olho ao redor para ver o que está acontecendo.

-Majestade , não se preocupe , os batimentos cardíacos estão um pouco fracos mas creio que seja apenas fome, já que ouvi a barriga dela roncar fortemente agora a pouco haha.

o homem que provavelmente se parece um médico fala com o príncipe e parece ser da minha barriga pois ela acaba de roncar agora mesmo , e dói dessa vez.

-Ela acordou...- Valentim me vê e parece um pouco preocupado quando informa que acordei , o médico se vira para mim e vem em minha direção eu tento levantar mas sou impedida pelo médico

-Jovem , você está aqui desde quando ? - ele me pergunta

-Desde ontem.- respondo com a voz um pouco baixa e rouca

-Você comeu ontem?

Eu paro um momento com os olhos meio fechados estou com sonolência e um pouco desnorteada , então demorei um pouco para me lembrar de quando eu comi, e lembrei que não almocei nem jantei no dia anterior já que foi um pouco corrido para mim

-Na verdade eu não como desde ontem ... ontem eu apenas fiz meu desjejum de manhã e não comi nada mais...o que houve ?- pergunto com a voz sonolenta e tentando abrir meus olhos

-Você desmaiou e provavelmente de fome já que está pálida.- ele diz indo em direção ao príncipe

-Muito obrigada doutor.- Valentim diz dando um aperto de mão como despedida e o doutor sorri, faz uma reverência e vai embora sendo acompanhado por um guarda

Enquanto isso me encolho sentada e abraço meus joelhos e abaixo a cabeça que está pesada e dolorida, ainda e eu não acredito que sentei nesse chão sujo que passa ratos e tem muita poeira , na verdade eu fiz pior , eu deitei aqui quando desmaiei.

-Garde.....-olho para a pessoa que estava me chamando e era Valentim e na hora ele para de falar e se aproxima de mim.- Irei pedir para que um dos guardas traga comida para você.- ele diz e balanço negativamente a cabeça

-Não quero sobras de comida

-E quem te disse que são sobras ? Já tem experiências em outros calabouços ....

-Ha ha.- dou risada sarcasticamente.- Logico que não , é minha primeira vez sendo presa , mas sei que esse lugar não deve ter comida fresca.

-Isso é para criminosos, digo, sobras de comida... mas realmente não posso garantir que irão te dar realmente boa comida.- ele diz se abaixando e ficando de uma altura próxima a minha dentro da cela, e eu reparo que ele é realmente um príncipe , pela aparência sofisticada , a forma em que anda e fala.

-Para você eu não sou uma criminosa ?- eu pergunto com uma certa esperança de ele acreditar em minhas palavras

-Você é uma ladrazinha bem esperta confesso , pelo o que dizem pelo menos... mas agora que desmaiou sinto pena de você

-Não quero sua pena..

-Mas você mesma está com pena de si mesma

-Como sabe ?.- como ele realmente sabe isso .... será que está tão óbvio ?

-Seu olhar me diz isso.- ele olha fixamente em meus olhos e eu desvio o olhar , quando olho para o outro lado eu jurava que ia desmaiar de novo quando vi uma enorme ratazana em minha direção

Me levanto rapidamente fazendo com que Valentim também levantasse rápido ficando em alerta, minha cabeça segundos depois lateja tão forte que me faz ficar zonza e eu caio para trás , sorte minha ter um príncipe para me segurar e não me deixar cair.

-O que houve ? - ele me pergunta ajoelhado com uma das pernas para me apoiar e com os braços em minha cintura e eu então tento me recompor para não apagar de novo

-Um rato...- digo com todo meu ar que sobrou e ele então da risada

-Já deveria ter se acostuma...- ele então para de rir e falar e arregala os olhos e olha para baixo e se levanta rápido comigo no colo e sai da cela.- Realmente não é qualquer rato, levei um susto como você ao senti-lo em minha perna ... e que horror.- ele diz espantado

-Esta comigo ainda em seus braços..- eu digo ao perceber que ele ainda não notou que ainda estou aqui, então ele me coloca cuidadosamente no chão e parece um pouco pensativo em questão do que ele faria a seguir...

CONTINUA...


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