03- Raios e trovões

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- Eu

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- Eu .... bom , eu sinto muito, sua música.... ela.... me chamou atenção, foi isso.- digo nervosa e dou um sorrisinho para disfarçar o quanto nervosa eu estava, ele não responde em imediato então aproveito para me virar e ir embora

-Você conhece a letra não é? - ele diz e me viro surpresa.- Você cantava junto com os lábios enquanto eu cantava, e só tem uma pessoa além de mim que conhece essa música, você talvez seja...- ele diz e eu o corto 

-Na verdade nunca vi o senhor em lugar nenhum..- eu começo dizendo e ele ri

-Senhor ? - ele diz rindo ainda mas aí eu o corto terminando de falar

-Peço desculpas por isso , nunca me deixei levar por coisas assim , não sei realmente o que aconteceu comigo.- tento me explicar para não o confundir

-Bom , eu a desculpo , não é a primeira a me seguir mas é a primeira a me pedir desculpas por isso.- ele diz e da uma risadinha e eu continuo o observando sem expressão 

-Não entendo o que quer dizer. -digo séria ainda mas por dentro me perguntando o que ele diz com a primeira a pedir desculpas, e ele ri após eu o perguntar, eu fico indignada com sua reação.- Qual é a graça?- o pergunto séria , ele acha que sou uma piada?!

-Você não tem muito contato com as pessoas não é? - ele pergunta  e eu olho para o lado , se ele esta rindo de mim por uma pergunta irá rir ainda mais quando eu disser que não tenho amigos e o único contato que tenho com pessoas da aldeia é vendendo flores e frutas.- Isso já respondeu minha pergunta.- ele diz após um tempo

-Eu preciso ir.- digo apressada em uma nova tentativa de ir embora , mas ele se aproxima ,e rápido ainda, e segura em meu braço.- Desculpe?!- digo logo puxando meu braço e me virando para ele indignada com a audácia de ele ter pego meu braço 

-Sinto muito....- ele diz sem graça.- antes de ir , gostaria de saber seu nome.- ele me diz e eu penso se deveria falar , um desconhecido que provavelmente não irei encontrar novamente , ou alguém que possa virar cliente.- Ah... falarei o meu primeiro, Valentim.- ele diz e então me preparo para dizer quando de repente começa a relampejar e cair trovões e não demora a cair uma baita chuva, e meu corpo trava com trovões e relâmpagos , e eu não sei o porque, eu gosto de chuva mas ela me traz um sentimento no qual não consigo decifrar , é como uma dor aguda e um pequeno arrepio no corpo.

Valentim logo percebe que a chuva me deixou nervosa e logo pega sua capa e coloca em mim , já começávamos a ficar bem molhados com a chuva , então ele me chama para irmos mas meu corpo só reage aos sons de chuva e trovões, então ele com um ato inesperado pega em minha mão e me leva para um pouco mais dentro da floresta, então chegamos a um bosque , e em uma parte do bosque havia uma pequena cabana , o tamanho era metade de minha casa na floresta. Ele abre a porta ainda segurando em minha mão e me leva para dentro , me senta em uma das cadeiras onde tinha cobertores , ele me cobre com um deles e vai em direção a porta e a fecha , a chuva estava cada vez mais forte e os raios e trovões caiam com mais frequência , então me cai a ficha e me desespero.

-Ai não ! Phillipa , o que faço , preciso ir até ela , as mercadorias irão molhar todas e como ela deve estar?- eu me levanto tirando a coberta e a capa em cima de mim colocando em cima da cadeira e Valentim sem entender nada bloqueia a porta quando chego até ela

-Ei vai com calma , depois da reação que teve da chuva e depois de estar com todo esse frio...- ele diz e percebo que meus lábios tremem de frio.- Quem quer que seja Phillipa , ela vai ficar bem.

-Como sabe ? - eu o pergunto nervosa.- Phillipa é minha irmã mais nova e é minha responsabilidade garantir que ela esteja bem....- ele cruza os braços e continua não me deixando passar

-Bom , sua irmã deve estar bem, e você não conseguirá chegar até ela com essa chuva toda, fique aqui por um tempo , assim que a chuva abaixar eu a ajudo a ir até sua irmã, enquanto isso , sente-se , irei acender a lareira, é pequena mas vai nos manter aquecidos e livres de gripe. -ele diz então respiro fundo , realmente a chuva está forte demais , minha única opção é esperar , e ele falou que iria comigo depois que a chuva diminuir.... 

Eu me sento na cadeira novamente e pego o cobertor e me enrolo nele enquanto Valentim trabalha em acender a lareira, espero que ele realmente seja um bom rapaz , ou eu estarei em apuros.

CONTINUA...


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