04 - Um rosto familiar e o fim de uma tempestade

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O tempo parece não passar , não temos muito o que conversar , enquanto ouvimos a tempestade olhamos para a fogueira enquanto o fogo nos aquece e nos conforta.

-Ah.... bom , não temos muito o que conversar mas , me permitiria lhe perguntar novamente seu nome.- ele diz e me viro para ele e vejo seus olhos de curiosidade.

-Bom , meu nome é , um tanto incomum.- eu digo sorrindo de lado com receio de falar , meu nome é único pois eu nunca vi alguém com meu nome

-Gosto de originalidade.- ele diz sorrindo me incentivando a falar 

- Gardenia...- digo e logo desvio o olhar sem graça , será que ele disse aquilo porque realmente gosta de coisas diferentes ou apenas para me incentivar, espero alguma resposta e me assusto quando ele rapidamente se levanta da cadeira e se vira de costas.- Meu nome é tão ruim assim.- digo com medo de que ele esteja rindo ou então ter odiado meu nome

-Na verdade , ele é um tanto... bom, me trás lembranças que apertam meu coração ao lembrar, havia alguém com esse nome tão único.- ele diz ainda virado de costas , ele passa a mão em seus cabelos ondulados e macios, ele se vira com um receio e olha profundamente meus olhos , como se ele quisesse decifrar algo ou ver algo escondido.- desculpe-me pela ousadia mais qual sua idade.- eu o olho confusa mas respondo

-17 anos...- eu digo ainda sem entender nada , o que o leva a tamanha curiosidade ?! ele arregala os olhos e começa a se aproximar de mim e eu me afasto e ele para percebendo que não quero tal proximidade

-É você?! esta viva !- ele diz ficando mais assustador ainda e parece estar emocionado

-E...eu... não sou quem procura , nunca o vi.- digo a ele indo mais para trás , talvez eu esteja em perigo agora.

-Você não se lembra de nada ? -ele diz e eu o olho incrédula.- Quero dizer,  bom , não deve se lembrar já que fico assustada, peço perdão. - ele diz suspirando alto e se sentando na cadeira em frente a lareira , eu então respiro aliviada e percebo que um passo a mais eu tropeçaria na minha cadeira e cairia, eu olho em direção a porta e percebo que a chuva não parou.

- Desculpe pela minha reação , mas não deve fazer isso , por um momento achei que fosse...- eu paro de falar quando percebo o quanto ele estava triste e abatido

-Peço perdão, eu conhecia alguém com seu nome e ela teria sua mesma idade , o aniversário dela seria no meio do ano e eu estaria , bom... em fim.- ele diz em um tom triste 

-Bom , eu também faço aniversário no meio do ano, dia 20.- eu digo para quebrar esse clima estranho.

- Se não for coincidência não sei o que é , pois a aparência é semelhante também.- ele diz e dou risada.- O que se passa?- ele me pergunta tentando entender 

-Esta brincando não é ? - digo rindo mas paro ao perceber que ele fala sério, nesse momento o barulho de chuva diminui e em menos de um minuto parece ter parado 

-Bom , vejo que está apreensiva comigo , se vier no festival hoje a noite talvez possa mudar de ideia sobre minhas intenções. - ele diz com um tom sério e parece ter ficado um pouco chateado ou irritado , eu decido não compartilhar minha dúvida sobre suas palavras. 

Ele se levanta e eu o acompanho ,  fomos em direção da porta e Valentim a abre , vemos que se passou pouco tempo , minha barriga ronca indicando que não foi tão pouco assim.

-Esta com fome? - ele me pergunta e eu sorrio envergonhada....

CONTINUA...

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