Capítulo 4

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Oie...hoje iniciamos uma semana de maratonas por aqui.

Espero que gostem!

Bjs
Lu😘

Pov Dakota

Sem revisão

Depois daquela conversa com meu pai eu me isolei. Não queria falar com ninguém. Não estava com a mínima vontade de aturar mais críticas.

Era fácil para ele me julgar, aliás para todo mundo. Mas nenhum deles sabe o que senti. Ninguém faz ideia do quanto doeu ouvir da boca do homem que eu amava e que eu pensava me amar que tudo não passou de uma mentira.

Eles não conseguem entender o que o Chris significa para mim. E por mais que eu esteja sim chateada por tudo o que aconteceu em Aspen, eu não me vejo sem ele. Chris é minha tábua de salvação, meu bote salva vidas.

Pela janela do quarto noto que o sol já está alto. Confiro as horas no celular e já passa das dez da manhã e eu nem tive ânimo para sair desta cama.

Meus dias tem sido assim, na cama ou no sofá. Preciso reagir!

Decido tomar um banho e vestir algo minimamente apresentável. A dias que só uso pijamas.

Quando saio do chuveiro já me sinto bem melhor. Vou até meu closet em busca de algo para vestir.

— Isso tá uma confusão! — reclamo para mim mesma.

Visto uma calça de moletom bem confortável e uma regata e decido fazer uma separação das coisas que eu não uso mais para doar.

Vou selecionando tudo o que já não uso ou que não quero mais e coloco em sacos. Mais tarde levo em uma instituição.

Quando termino a tarefa uma caixa que eu não via a muito tempo me chama atenção. É minha caixa de recordação.

Pego a caixa e hesito por um instante em abrir. Sei que muitas das coisas que tem ali vão fazer as feridas se abrirem novamente. Resolvo guardar novamente, acho que não estou pronta, mas a caixa acaba escorrendo de minhas mãos  e cai no chão. Fazendo tudo o que tinha dentro se espalhar por todo o quarto.

Bem em minha frente está uma foto da minha festa de aniversário surpresa. Me abaixo e pego a fotografia.

As lágrimas brotam com a lembrança desse dia. Foi tudo tão lindo. Todos estavam lá. Minha família, meus amigos, e ele com as meninas.

Sinto falta disso tudo.
Por mais que eu saiba que esse tempo não volta e que nem pode voltar eu sinto falta dos meus amigos e de estar mais perto da família.

Talvez eu eu não possa resgatar tudo que se foi, mas sei que algumas pessoas eu posso trazer para minha vida de volta. A começar por meus amigos.

Passo meus dedos sobre esses rostos tão queridos. Blake, Ben, Emilly.

— Ah Emilly, sinto tanta falta dela. Acho que eu poderia ir lá ve-la. Mas será que tô pronta pra enfrentar a fera?

Depois de ficar por um certo tempo convencendo a mim mesma que era uma boa ideia ir na casa da Emilly cá estou eu na frente da porta da casa dela. Toquei a campainha ainda cheia de receios com a reação dela.

Quando minha amiga abriu a porta não conseguiu conter a sua cara de espanto ao me ver, mas ao contrário do que pensei no momento não era apenas por eu estar aqui. Era por conta de eu estar aqui justamente quando ele estava.

Não consigo explicar o turbilhão de sentimentos que senti no instante em que a porta da cozinha se abriu e eu o vi parado.

Quis correr para longe, mas minha amiga Emilly pediu que eu o escutasse e assim eu fiz

Senti meu peito rasgar pela dor que as palavras de Jamie me causaram. Foi muito pior do que no momento em que e disse que não me queria.

Ele mentiu para mim. Preferiu desistir do que tínhamos do que enfrentar ao meu lado. Jamie era um fraco, covarde por não ter sido franco a respeito de seus receios.

Não contive minha raiva e acabei batendo nele. Fiquei com mais raiva ainda quando ele não revidou. Eu queria que ele brigasse comigo, não queria aquele maldito olhar desconcertante me dizendo que me amava. Eu não queria acreditar nele, não podia.

Mas fui fraca e acabei permitindo que ele me beijasse. Um beijo que reavivou tudo. O bom e o ruim.

Eu não conseguia compreender e nem aceitar tudo isso então eu fugi. Sai correndo sem pensar pra onde. Só queria me afastar dele.

Quando dei por mim estava em uma praça. Me sentei em um banco e chorei tudo o que pude.

Não percebi quando Emilly sentou ao meu lado, mas quando o pranto cessou e abri meus olhos ela estava ali de braços abertos.

Outra onda de desespero veio com o gesto dela. Minha amiga nada disse só me abraçou o mais apertado que pode.

— Vamos pra casa.

— Não Emilly, eu não vou voltar pra sua casa. Não quero nunca mais olhar na cara daquele homem.

— Dak, se acalma. Jamie não vai ficar na minha casa. Ele apenas estava me visitando. Vamos pra lá a gente conversa melhor.

— Eu acho melhor não, amiga. Vou para a minha casa.

— Nem pensa. Você não vai fugir de mim mocinha. Se decidiu vir me ver hoje foi por algum motivo. Então nós dias vamos sim até a minha casa e vamos ter um momento de garotas.

— E o Giovanni não vai se importar?

— Ele viajou a trabalho, amiga. Uma noite de meninas como nos velhos tempos? — pede ela sorrindo ao me estender a mão.

Pego sua sorrindo em meios as minhas lágrimas porque eu sei que tudo o que mais preciso agora é do colo dela.

Emilly pegou os meninos que brincavam na areia do parquinho e voltamos para a sua casa de carro.

Quanto mais nós aproximava, mais nervosas eu ficava. Eu não queria vê-lo,  estava morrendo de medo de ter que enfrenta-lo outra vez.

Mas quando entramos na casa de Emilly tudo estava vazio. Nem sinal dele. Me senti decepcionada.

— Dak! — ela me chama — Pra você.

Emilly me estende um papel dobrado. Abri a folha com meus dedos trêmulos.

" Dakota,

Me perdoa por ter te feito chorar outra vez. Sei que tudo o que lhe disse foi muito para assimilar.

Vou respeitar seu tempo, mas não vou desistir de ter você de volta.

Se quiser me encontra você sabe onde me procurar.

Com amor
JD"

Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas!


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