Destinos Entrelaçados

capitulo dezesseis, Heros.

"O verdadeiro método, quando se tem homens sob nossas ordens, consiste em usar o avaro e o tolo, o sábio e
o corajoso, e dar a cada um a responsabilidade
adequada."

Minha manhã foi corrida, não deu tempo nem para tomar meu precioso café, vou falar uma coisa viu, minha vida como U Patri Nostro, Dom da máfia era tranquila que sobrava tempo para sair, beber, e trepar com varias bocetas diferentes, ah como eu
gostava, agora isso parece tão distante, desde que Lua apareceu minha vida ficou de cabeça para baixo tudo mudou, começaram os ataques começaram as discussões começaram as ameaças, mas se estão fazendo isto tudo para recupera-la, ela se torna ainda mais valiosa para mim, um verdadeiro diamante dos mais raros que existem.

E eu vou lapida-lo inteiro, mesmo que demore semanas, meses ou até mesmo anos, mas ela será minha,
nem que tenha que matar metade da Itália e uma terça parte da Rússia para isso, matar não é bem um sacrifício para mim, assassinatos vem com sorrisos, atirar nas pessoas é nada demais para mim.

Falando em Lua lembrei que não contei nada do que vi naquele dia a ela, ela se desvendou para mim se abriu por inteira e eu não disse nada, ainda estou mentindo guardando tudo para mim, eu nunca menti para alguém, por que não temo a ninguém, a única vez que alguém mente é quando está com medo, e eu estou sim com medo da reação dela quando eu contar que o outro homem mal da qual se referiu era o filho da puta do meu pai, não sei qual irá ser a reação dela a mim, ou se vai me culpar, é tudo confuso, depois de Lua, medo tem se tornado uma palavra constante na minha vida.
— Senhor.
Augusto me chama.
— Ãh, sim.
— Chegamos senhor.
— Tudo bem.
— Alejandro, fique preparado para tudo, estou confiando
em você.
Falo com meu franco atirador por um ponto eletrônico.
— Pode seguir em frente senhor, estou cobrindo suas costas.
— Muito bom.

Entre tantos afazeres do dia resolvi vim fazer uma pequena visita a Viviane, trouxe meus homens
comigo menos Enzo que é o único encarregado da segurança do meu anjemônio, o resto veio por que
nunca devemos confiar em alguém que está com raiva, principalmente quando esse alguém e treinado e da máfia.

Entro no prédio seguido por Henrique, Petric e Augusto, chegamos ao elevador e ele rapidamente
fica parecendo minúsculo visto a quantidade de homens totalmente musculosos e armados, o elevador sinaliza a nossa chegada ao andar dela, e meus homens saem primeiro para verificar se tudo está seguro.

Augusto vem me avisar que está tudo nos conformes e eu saio, chego em frente a sua porta, Viviane mora em um apartamento de luxo afinal
recebe milhões para fazer o que faz, o problema é que não está fazendo direito.

Nem bato, apenas entro ela ta sentada no sofá e me olha espantada, desço o olhar para suas mãos e vejo
as gases cobrindo suas unhas que tirei, queria dizer que sinto muito, mas não sinto.

Ela abre a boca para falar mais faço sinal levando o dedo até a boca para sinalizar que se cale.
— Olha só você, está ótima.
Falo debochando, e ela faz cara feia.
— Hoje você não vai falar, só ouvir está me entendendo?
Ela balança a cabeça em afirmativa.
— Sabe Viviane essa hora da manhã eu poderia estar em casa, tomando meu delicioso café, poderia
estar fazendo milhares de coisas mais úteis do que ficar aqui parado vendo você. Mas sabe, tem umas coisas entaladas na garganta querendo sair, diria que também tenho varias
pulgas trás das minhas orelhas e porra como elas incomodam.
— Você foi para a Rússia com a porra de um propósito, cuidar do que quer que Dominic fizesse, e claro me ligar imediatamente. Mas eu não recebi nenhuma ligação sua, o que me
faz pensar no que caralho era que você estava fazendo?
— Você pode falar agora.
— S-Senhor me perdoe, eu tinha umas amigas lá, quando souberam da minha chegada fui arrastada por elas.
— Hum entendi então você esqueceu das ordens que te dei e mais importante essa nao era uma missao extremamente sigilosa, viviane?
— Não senhor eu fiz o possível para me livrar delas e ir olhar o que Dome estava fazendo, mas quando consegui chegar lá, ele já tinha feito merda e tinha sido levado e ai eles me pegaram também.
— E isso é tudo?.
— Não senhor, eles me trancaram numa sala escura me bateram mas uma loira apareceu e impediu que abusassem de mim. Eu quase morri lá, eu juro quando foi no outro dia eles falaram que eu ia ser liberada para voltar para você, eu fiquei com medo
de que fosse armadilha e nunca mais visse você, mas ai eles me apagaram e quando acordei, já estava no hospital, fiquei muito magoada por você não se
importar comigo.
— Tudo isso que está me contando é verdade Viviane?
— Sim chefe.
— Não sei por que acho que você está mentindo, por garantia, esse rapaizão aqui.
Falo e aponto para Petric.
— Não vai sair da sua cola, você vai ser vigiada vinte e quatro horas por dia você não vai fazer nada sem
que eu fique sabendo.
— Então é isso Heros? Eu fico do seu lado a vida toda te dei minha devoção te dei tudo, até meu coração. E você me faz isso?
— Sua devoção não passa de uma mera obrigação sua, por que não sei se você lembra, mas vou refrescar
sua memória mesmo assim, na PORRA DA HIERARQUIA DA MÁFIA, EU SOU SUPERIOR A VOCÊ, E VOCÊ ME OBEDECE. Ficou claro?
— Sim senhor.
Ela fala de cabeça baixa.
— E outra coisa eu nunca pedi o seu amor, muito menos o seu coração. Isso é tudo.
— Espera.
Me viro para olha-la.
— Eu ainda posso pelo menos ir a sua casa? Fico algum tempo pensando.
— Pode, desde que não me aborreça e nem faça nada com ninguém na casa.
Falo me referindo a última vez que esteve lá e machucou Lua.