Simplesmente você

Capítulo 15

Maya's Point Of View

Após o jantar e algumas taças de vinho, Drake me levou até onde eu já conhecia, eu já tinha vindo aqui quando era criança, na verdade era um dos meus lugares prediletos, sempre gostei de morar em Nova Jersey exatamente por isso, temos um zoológico no meio da cidade, mordo o lábio notando o Drake me olhar, eu sabia que estava chegado, claro que estaria, é quase onze horas da noite.

— Oque está fazendo? — pergunto rindo ao ver ele mexer na grade.

— Vem comigo — ele diz puxando minha mão, dando a volta pelas grades que nos impedia de entrar no local.

— Drake, está fechado — nego, ainda andando com ele — sem falar que tem câmeras aqui.

— Conheço o cara que cuida da vigilância a noite — ele diz puxando a tela de umas das grades e meio que fico séria ao ver que tinha uma passagem nela.

— Não está pensando que vou entrar né?

— Qual é, vai gostar — ele diz entendendo a mão e eu continuo negando.

— Drake, isso é invasão — digo olhando em volta — vamos ser presos.

— Deixa de ser medrosa, confia em mim — ele diz e eu encaro seus olhos e molho os lábios e nego irritada percebendo seu sorriso convencido quando eu aceito.

Passo pela grade com ele e ele continua segurando minha mão, e vamos entrando, e eu sinto meu coração disparado, isso é a coisa mais perigosa que eu já fiz na vida, eu não costumo fazer coisas ilegais, até por que é crime, e eu nunca quis ser presa, nem quero.

— Relaxa, eu não menti quando disse que conheço o cara da vigilância — Drake ri notando meu rosto meio assustado.

— Não é interessante vim em um zoológico a noite — digo ouvindo ruídos — muito menos em um encontro, não tem nada de romântico.

— Não sou um cara romântico — Drake diz e eu olho pra ele que pisca pra mim, e continua segurando minha mão enquanto passávamos pelo corredor, e vejo as placas que mostrava qual animal estava em qual área, e molho meus lábios sentindo o frio que estava nesse corredor.

— Cobras — murmuro e o Drake ri de canto, percebendo meu medo.

— Tem medo?

— Pavor — confesso e ele para de andar, ficando bem na minha frente, e eu encaro seu rosto, e ele se aproxima me deixando confusa, mas sinto seus lábios nos meus e fecho meus olhos.

Permitindo que ele me beije, sua mão firme em meu quadril me deixa nervosa, e apoio às mãos em seu peito, correspondendo seu beijo e sinto a mão dele em minha nuca, controlando como sempre, e sorrio ao sentir ele descer sua mão até minha bunda, ele nunca havia feito isso antes, não tão descaradamente.

— Podemos seguir? — digo entre os lábios dele e ele logo concorda e ouço os ruídos e me arrepio novamente, Drake tem um péssimo gosto para lugares, poxa, é nosso primeiro encontro.

Drake segura minha mão e sorri sacana me fazendo negar, oque ele pensa quando me olha assim? Daria tudo para saber.

Vejo a placa de borboletas e o puxo, e caminho na frente dele soltando sua mão e vejo ele enfiar as mãos nos bolsos enquanto olhamos o borboletário.