Capítulo 17

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Ayla

Envio uma mensagem para Rodrigo, avisando que estou saindo.

Entro no elevador, soltando um xingamento ao ver Caio segurar a porta do elevador. Não suporto mais seus convites para sair todos os dias. Há meses estou aguentando suas cantadas descaradas.

― Aceita jantar comigo esta noite? ― Caio pergunta, entrando no elevador, se aproveitando do fato de estarmos a sós.

― Me desculpe recusar seu convite, mas eu prometi ao meu marido que faria um jantar especial para nós dois ― minto, desejando me livrar dele.

― Conheço o pai do seu marido, sei muito bem em quais circunstancias se casaram ― um sorriso presunçoso toma conta dos seus lábios, me causando enjoo. ― Não precisa se fazer de esposa apaixonada para mim, vocês não se uniram por amor.

― Não preciso e nunca precisei fingir nada ― exalto um pouco a voz, furiosa com seu atrevimento, nunca dei tal espaço para ele. ― Eu amo meu marido.

― Não precisa mentir ― repete, como se eu fosse uma idiota.

― Por que eu mentiria? Amo meu marido, basta olhar para nós.

Dou graças a Deus quando as portas do elevador se abrem. Saio da caixa sufocante.

― Não irá aceitar meu convite?

― Não aceitarei esse e nenhum outro convite vindo de você ― fixo o olhar no seu, para ele ter certeza que estou dizendo a verdade. ― Exijo que me respeite. A partir de hoje, só fale comigo o que for necessário.

― Não queria que ficasse chateada ― segura meu braço, impedindo que eu me afaste.

― Me solte, Caio ― peço olhando ao redor, com medo do que pode acontecer.

O infeliz tenta me beijar, mas desvio o rosto, acertando um tapa em seu rosto.

Em um piscar de olhos vejo Rodrigo surgir e dar um soco no nariz de Caio, que finalmente solta meu braço. Me coloco na frente de Rodrigo, impedindo que ele bata novamente no infeliz, que está caído no chão tocando o nariz.

― Amor, não suje suas mãos com ele ― peço com a voz tremula.

― Esse desgraçado tentou te beijar a força, Ayla ― esbraveja nervoso.

Os seguranças responsáveis pelo prédio se aproximam, retirando Caio do saguão.

Olho envergonhada para as recepcionistas, que parecem assustadas.

Assim que saio do prédio, deixo uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

― Eu estou aqui ― Rodrigo sussurra, me puxando para um abraço apertado, fazendo carinho em minhas costas.

― Pensei que ele me faria mal ― abraço Rodrigo com força, ainda sentindo meu corpo trêmulo.

― Jamais permitiria.

Coloco uma mão sobre a barriga sentindo uma leve cólica, que já o bastante para desesperar a mãe de primeira viagem que há em mim.

― Está tudo bem?

― Me leve ao hospital ― peço, sentindo um medo surreal de perder meu bebê.

― Amor, o que está sentindo?

― Cólicas.

Fico em um silêncio angustiante no caminho até o hospital. Não sei como contar para Rodrigo que ele será papai, eu queria que ele descobrisse de uma maneira especial.

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