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@autoramariavitoriaRodrigo
Olho ao redor da sala de espera repleta de grávidas, sentindo um certo desespero. Ayla parece estar sentindo o mesmo, pois desde que chegamos está em um completo silêncio observando a grávida sentada ao seu lado, que não para de reclamar sobre dores nas costas e os inúmeros desconfortos que vem sentindo desde que entrou na reta final da gravidez. Estou cogitando a possibilidade de sair correndo.
― Nunca vi tantas grávidas reunidas ― resmungo para minha esposa, vendo mais duas grávidas se sentarem a nossa frente.
― Estou desesperada ― comenta, colocando uma mão em minha coxa. ― Mas precisamos nos acostumar com esse novo universo, amor.
― Vai ser difícil acostumar ― deposito a mão sobre a sua, entrelaçando nossos dedos.
― Não aguento mais os meus pés ― a mulher sentada ao lado de Ayla reclama, apontando para os pés extremamente inchados.
― Será que eu ficarei assim? ― Pergunta assustada, mantendo o olhar fixo nós dois pães da mulher, ou melhor, pés.
― Quase todas ficam assim no final da gestação. Olhe o tomando do meu nariz, ele parece ter triplicado.
Por sorte, a secretária do médico chama Ayla. Minha esposa se levanta rapidamente, parecendo querer fugir da grávida ao seu lado.
― Não quero ficar parecendo um balão inflado, Rodrigo ― segura em meu braço quando nos levantamos, caminhando em direção ao consultório do obstetra.
― Amor, nem todas as mulheres ficam tão inchadas. Não se deixe levar pelo que a mulher disse.
― Pode ir se preparando para pagar várias drenagens para mim. Vou fazer massagem toda semana.
Coloco a mão sobre a boca, rindo do seu desespero com o possível inchaço.
― Tudo que você quiser ― beijo sua testa carinhosamente.
Abro a porta do consultório, deixando que Ayla entre primeiro.
Nos próximos minutos escuto o médico receitar vitaminas e pedir inúmeros exames, enquanto Ayla o bombardeia com diversas perguntas.
Seguro na mão da minha esposa, guiando-a até a sala de ultrassom. Ajudo Ayla a se deitar na maca, levantando sua blusa. A enfermeira espalha um gel por toda barriga da minha esposa, se afastando, deixando que o médico sente na cadeira ao lada da maca.
A imagem borrada poderia se tornar o quadro mais lindo do mundo. Esse pequeno pontinho dentro de Ayla é o fruto do nosso amor.
― É tão pequenininho ― digo, não acreditando no que estou vendo.
― É um pinguinho ― Ayla desvia o olhar da tela por alguns segundos, olhando no fundo dos meus olhos. ― Ele é o nosso anjo ― seus olhos ficam marejados.
― Te amo tanto ― sussurro, próximo ao seu ouvido, beijando sua testa.
― Logo esse pontinho estará conosco, trazendo ainda mais felicidade para as novas vidas ― uma lágrima escorre pelo rosto de Ayla. ― Nunca imaginei que pudesse amar tanto uma pessoinha.
♥
Ajudo Ayla a cortar alguns tomates, abobalhado com a desenvoltura da minha esposa na cozinha. Ela parece fazer isso há anos. Me sinto um idiota quando estou com ela na cozinha, pois eu mal sei cortar uma cebola de forma descente.
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Um cowboy para amar
RomanceVocês acreditam que o destino pode dar uma mãozinha em um romance? Sabe aquela decisão que muda tudo, que chegou de uma maneira inesperada? Pois é dela que estamos falando. Rodrigo sempre considerou Ayla como a mulher mais importante de sua vida, m...