Capítulo 6

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Ayla

Jogo a cabeça para trás ao sentir os lábios quentes de Rodrigo em contato com a pele sensível do meu seio. Levo uma mão até seu cabelo, incentivando-o a continuar.

Talvez estejamos indo rápido demais, mas não me importo, tudo o que quero nesse momento é Rodrigo.

― Rodrigo... ― Gemo, fechando os olhos.

― Só irei terminar o que comecei quando formos oficialmente marido e mulher ― pisca, se afastando.

Olho-o incrédula, não acreditando que ele me provocou e logo em seguida jogou um balde de água fria, ou melhor, congelante.

― Não acredito que está fazendo isso comigo ― cruzo os braços.

― Quero te possuir com calma ― joga uma camisa sua em minha direção. ― Amanhã você precisa ter energia.

― Não acha que está sendo convencido demais?

― Confio no meu potencial ― sussurra retirando a calça jeans, ficando apenas com uma cueca boxer branca. ― Baby, se continuar me olhando assim não poderei cumprir minha promessa.

― Eu nunca concordei com essa promessa idiota. Em minha opinião, ela não possui um pingo de lógica ― reviro os olhos nervosa, vestindo sua blusa em seguida.

― Não fique nervosa ― se senta ao meu lado na cama, me puxando para os seus braços. ― Você fica ainda mais linda nervosa.

Deito na cama, deixando que Rodrigo se deite ao meu lado, deixando que eu apoie a cabeça em seu peitoral. Apenas o cheiro marcante de seu perfume tem o poder de me acalmar.

― Durma, princesa.

― A última coisa que quero nesse momento é dormir ― deslizo a mão até seu abdômen, passando a unha levemente pelo local, percebendo instantaneamente o quanto meu toque afeta Rodrigo. ― Está nos torturando.

Mordo levemente seu queixo, vendo-o respirar fundo e intensificar o aperto de seu braço em minha cintura. Afasto a mão de seu abdômen, satisfeita com sua reação diante do meu toque. É bom saber que o afeto tanto quanto ele me afeta.

Demorou apenas alguns minutos para que eu finalmente caísse em um sono profundo.

― Acorde, Ayla ― sou despertada pela voz grave e ao mesmo tempo suave de Rodrigo. ― Já são nove da manhã, a senhorita deveria ter acordado há duas horas ― explica, brincando com os fios do meu cabelo, me fazendo ter menos vontade de levantar.

― Bom dia! ― Sussurro ainda sem abrir os olhos, aproveitando as carícias de Rodrigo.

― Tem um batalhão de mulheres no primeiro andar te aguardando. Minha mãe já veio aqui no mínimo quarenta vezes ― avisa, beijando meu ombro.

Por alguns instantes cheguei a esquecer que hoje é o meu casamento, uma noiva normal jamais se esqueceria desse pequeno detalhe.

O grande dia era para ser algo aguardado ansiosamente, mas comigo não foi assim, cheguei a desejar que esse dia jamais chegasse.

Se casar sem ter sentimentos pela outra pessoa é uma decisão tosca, um casamento precisa de amor para seguir em frente. Talvez daqui alguns poucos meses eu esteja assinando os papéis do divórcio.

― Não quero sair daqui.

― Se não sair aposto que elas virão te buscar.

Minhas amigas devem estar querendo me matar, afinal combinamos de passar o dia fazendo tratamentos de beleza. Acho que elas estão mais animadas que eu para o casamento. Se dependesse de mim, passaria o dia deitada nessa cama.

Um cowboy para amar Onde histórias criam vida. Descubra agora