Um cowboy para amar

Epílogo

Rodrigo

Sento próximo a uma árvore, sentindo a brisa suave da tarde tocar minha pele, enquanto observo Alice brincar a minha frente juntamente com Cookie. Ayla está a alguns metros de distância, cuidando do jardim de rosas vermelhas, sua barriga arredondada mostra que daqui poucas semanas nosso filho estará entre nós.

— Como estou? — Dá uma volta, mostrando o macacão jeans completamente sujo de terra.

— Precisando de um banho urgentemente — brinco, torcendo o nariz.

— Esse neném está com fome — reclama, sentando-se ao meu lado com uma certa dificuldade por conta da barriga.

Ayla consegue ficar ainda mais linda quando está grávida, posso comparar sua beleza com a de um verdadeiro anjo.

— Quando teremos mais um bebê? — Provoco-a.

— Vai com calma, cowboy! Deixe-me te lembrar que nosso segundo filho ainda não nasceu, ou seja, não era nem para estar pensando em um próximo.

— Estava brincando — enlaço sua cintura com um braço, trazendo-a para mais perto, aproveitando para salpicar beijos por sua face. — Estou satisfeito com Alice e com esse menino que está a caminho.

Nosso segundo filho não foi planejado, mas veio no momento ideal. Lembro-me perfeitamente do dia em que Ayla me comunicou que estava grávida pela segunda vez, apesar do susto, imaginei que iria explodir de tanta alegria com a notícia.

— Eu também estou satisfeita. Vocês me fazem tão feliz. Eu amo morar nesse lugar, amo ir todas as noites ver a lua refletida no lago e amo ter minha família.

— Te amo, Ayla — sussurro, colocando uma mecha do seu cabelo castanho até a orelha, vendo seu sorriso se alargar com minha frase.

— Mamãe, olha o que achei! — Alice ergue uma flor branca, orgulhosa por tê-la encontrado.

— Linda a sua flor, filha — Ayla abre os braços, o que faz Alice vir em passos rápidos até a mãe, se jogando nos braços dela. — O que acha de irmos até o haras?

Alice se afasta elétrica, dando pulos de alegrias com a sugestão da mãe.

— Ela é uma cópia sua — sussurro, para Ayla, percebendo que nossa filha não puxou apenas sua aparência.

Os últimos dois anos com Alice foi simplesmente incrível, não consigo descrever a felicidade que ela trouxe para nossas vidas. Faço questão de me empenhar todos os dias para ser o melhor pai do mundo para minha princesa, e creio que estou conseguindo cumprir com minha missão.

— Será que o nosso menino será mais uma cópia minha? — Pergunta, passando a ponta dos dedos sobre a barriga arredondada.

— Seria uma baita injustiça — levanto, ajudando minha esposa a fazer o mesmo. — Esse pequeno aí tem que ser uma cópia do papai.

— Sou eu que estou sofrendo para sofrer para gerar essa criança, nada mais justo que ele seja uma cópia minha — coloca as mãos na cintura, fingindo estar brava com o que acabei de dizer.

— Até que nossa casa precisa de uma versão masculina sua — pisco, a abraçando. 

— Papai — Alice grita, erguendo os braços para mim.

Pego minha filha nos braços, a enchendo de beijos, recebendo como resposta sua gargalhada gostosa que tanto amo.

Seguro na mão de Ayla, a guiando até o haras, sorrindo ao ver o céu alaranjado por conta do pôr do sol contrastar com o verde das árvores.

Estou mais do que pronto para passar o restante dos meus dias dividindo uma vida ao lado de Ayla, ainda teremos momentos difíceis, mas tenho certeza que lidaremos com facilidade.

Nasci para ser amado por Ayla.

___________________________________

É um adeus ou um até logo? 

Gostaram dessa história? 

Beijinhos...