Capítulo 23

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Ayla   

― Amor, me dá um pouquinho de atenção ― peço, colocando minhas pernas inchadas sobre as do meu marido. ― Esse filme idiota é mais importante?

― Está carente? ― Pergunta, contendo uma risada, colocando a mão sobre a minha coxa, acariciando-a.

― Você não está me dando atenção ― cruzo os braços. ― É por que estou gorda e inchada? ― Pergunto, com uma pontada de medo que sua resposta seja sim.

― Não seja boba. Você continua linda.

Passo a mão na barriga, sentindo um leve desconforto abdominal. Comecei a sentir leves cólicas pela manhã, e com o passar do dia elas estão se intensificando.

Olho para o colchão que está molhado. Enrubesço ao perceber que acabei de fazer xixi. Coloco a mão sobre a do Rodrigo, que está compenetrado no filme.

― Eu acho que fiz xixi ― sussurro, para meu marido completamente envergonhada.

― Que? ― Direciona seu olhar para mim. ― Tem certeza?

Levo um susto ao sentir uma pontada nas costas que me arranca um gemido alto. Automaticamente percebo que minha bolsa estourou, ou seja, estou em trabalho de parto. Me preparei tanto para esse dia, vi tantos vídeos sobre o assunto e sequer percebi que estava com contrações desde a manhã.

― Não, estou com dor ― tento levantar, com medo que minha filha nasça agora.

Ele direciona o olhar para minhas pernas, se assustando ao ver o colchão molhado, ficando um tanto pálido. .

― Alice vai nascer?

― Acho que sim ― fecho os olhos, colocando as mãos na lombar. ― Tem como me ajudar a tomar um banho? Não quero chegar feia na maternidade.

― Claro ― se coloca de pé rapidamente, dando a volta, vindo me ajudar a levantar. ― Vamos ser rápidos, amor, leva alguns minutos para chegarmos ao hospital.

Eu deveria ter aceitado o convite da minha sogra para ficar em seu apartamento até que Alice decidisse vir ao mundo, e não continuado na fazenda, correndo o risco de ter minha bebê em casa.

― Não estava doendo tanto ― reclamo, caminhando com certa dificuldade até o banheiro por conta da dor. ― Alice, a mamãe é uma fraca quando se trata de dor, vamos com calma, minha princesa ― imploro, me segurando nos braços do meu marido.

― Vou estar ao seu lado durante todo o trabalho de parto.

― Eu acho que não quero mais o parto normal.

Na maioria dos vídeos que vi na internet, as mulheres pareciam absurdamente calmas, mas agora, sentindo as primeiras contrações ritmadas tenho certeza que não serei como elas.

Depois de tomar banho e pegar as malas de Alice fomos para o hospital. Durante o trajeto pude perceber o quanto Rodrigo estava aflito, por mais que tentasse demonstrar que estava calmo, para não me deixar ainda mais nervosa.

Após a enfermeira sair do quarto olho para Rodrigo, que está sentado a alguns metros de distância completamente pálido, até parece que o homem viu um fantasma. Acho que o papai não estava nada preparado para ver a enfermeira fazer o toque em mim.

Sento na cama, amarrando os cabelos, passando a mão pela barriga redonda, vendo meu marido se aproximar.

― Ela te machucou?

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