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@autoramariavitoriaSeis meses depois...
Ayla
― Quer jantar fora?
― Estou cansada, meus pés estão doendo ― reclamo, colocando os pés sobre a mesinha de centro. ― Me desculpe ― peço, com os olhos marejados.
― Não chore, amor ― senta ao meu lado, me puxando para si.
Com a reta final da gravidez me tornei ainda mais chorona, os hormônios parecem estar ainda piores. Há dias que eu sequer consigo suportar meu marido.
― Estou sendo uma péssima esposa, não consigo te acompanhar a lugar nenhum.
― Não seja tão chorona ― sorri, acariciando minha bochecha com o polegar. ― Você é a melhor esposa do universo ― apoia a outra mão na minha barriga.
Alice parece sentir a presença do pai, ficando agitada ao ponto de vermos o formato do seu pezinho. Um sorriso bobo surge nos lábios do meu marido. Ele continua a acariciar minha barriga, incitando a nossa filha a se mexer.
Não foi fácil chegarmos a um acordo sobre o nome de nossa filha, escolhemos há apenas um mês, até então a chamávamos apenas de bebê, o que já estava cansativo.
― Pode ficar calma, filha. A barriga da mamãe não é um pula-pula ― toco no local onde está o pezinho de Alice, vendo-a ficar ainda mais agitada.
― Ela ama o papai.
Em resposta ao pai, a bebê dá mais um chute.
― É a mamãe que está te carregando, amor, você tem que me amar mais ― sorrio ao sentia-la mexer no local onde minha mão está. ― Não vejo a hora de ter esse anjinho nos braços, estou contando os segundos.
― Sonhei com uma linda menininha há alguns dias. Estávamos na praia, e ela corria na minha direção me chamando de papai. Ela era uma verdadeira cópia sua, tinha o cabelo ondulado, os olhos ficavam pequenininhos quando sorria.
― Independente da aparência, eu irei amá-la mais que tudo.
― Terei duas Aylas, perderei toda minha sanidade mental.
― É um sortudo ― brinco.
Ouço batidas fortes na porta, a pessoa do lado de fora parece um tanto impaciente. Rodrigo se afasta, indo atender a pessoa desesperada.
Um sentimento de que algo ruim aconteceu toma conta do meu coração quando vejo Leandro entrar em nossa casa. Sua feição denuncia que algo o incomoda.
― Oi, menininha do padrinho ― Leandro se abaixa para distribuir beijos em minha barriga. ― Eu já estava com saudade de você.
― Faça um filho para você, pare de babar na minha.
― Prefiro babar a Alice ― Leandro me cumprimenta com um abraço. ― Preciso conversar a sós com você, Rodrigo.
O amigo do meu marido sequer olha nos meus olhos, o que é um forte indicativo de que algo não está certo
― A sós? ― Coloco a mão na cintura.
― Depois o Rodrigo te conta.
― Eles nos excluíram, Cookie ― abraço meu cachorro, que apoia a cabeça em minhas costas, deixando que eu faça carinho nele. ― Você vai ajudar a mamãe a cuidar da sua irmãzinha?
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Um cowboy para amar
RomanceVocês acreditam que o destino pode dar uma mãozinha em um romance? Sabe aquela decisão que muda tudo, que chegou de uma maneira inesperada? Pois é dela que estamos falando. Rodrigo sempre considerou Ayla como a mulher mais importante de sua vida, m...